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Após três abortos, o sonho de ser Mãe

Kátia Fernanda precisou aplicar 270 injeções na barriga para que a filha sobrevivesse.

Publicado: 08/05/2016 às 05h20

Geovane Baldo, com a filha e Kátia, durante 1º aniversário Fotos: Arquivo Pessoal/Diário da Amazônia

Geovane Baldo, com a filha e Kátia, durante 1º aniversário Fotos: Arquivo Pessoal/Diário da Amazônia

Na imagem, a jornalista de Ji-Paraná Kátia Fernanda, 32 anos, e Maria Geoavana, de 1 ano e 6 meses. Viver momentos de alegria maternal passou a ser o sonho de Kátia desde que se casou, mas, até chegar a ter esse privilégio, ela enfrentou muita dor e decepção. Antes de ficar grávida de Maria Geovana, Kátia sofreu três abortos.

“Para que eu desista daquilo que eu quero, o que eu desejo precisa ser impossível. Eu sempre fui assim, desde pequena. E, foi graças a essa minha garra aliada ao apoio de meu esposo, Geovane Baldo, de familiares e amigos, que corri atrás para descobrir o que causavam os abortos”, lembrou Kátia.

Decida a ter um filho, ela foi em busca de esclarecer o seu caso em Cuiabá (MT). “Depois de vários exames feitos a pedido de um médico especializado, foi descoberto que eu tinha trombofilia, que é quando o sangue coagula antes de passar pelo cordão umbilical e seguir para o bebê”, relatou.

Kátia falou do momento mais frustrante. “Eu engravidei uma vez, perdi. Engravidei de novo, perdi. Na terceira vez, a minha gravidez me encheu de expectativas e alegrias, pois eu estava esperando gêmeos. Um dia me senti mal e fui fazer alguns exames e, chegando lá, descobri que meus filhos estavam mortos dentro de mim”, lamentou.

Maria Geovana, hoje tem 1 ano e 6 meses e Kátia Fernanda, uma mulher realizada

Maria Geovana, hoje tem 1 ano e 6 meses e Kátia Fernanda, uma mulher realizada

Tratamento 

Depois de ter descoberto o problema, Kátia iniciou os tratamentos e foi quando uma nova gravidez surgiu. “Durante os nove meses eu tive que tomar 270 injeções na barriga. Meu esposo perguntava se doía. Doer até que doía, mas por ela (Maria Geovana) eu estava disposta a enfrentar qualquer coisa”, disse. “Se não tivesse dado certo pela quarta vez, eu tentaria de novo só para me tornar mãe”, reafirmou.

No dia 15 de novembro de 2014, se realizava, na mesa de parto de um Hospital da cidade, o tão sonhado desejo. “Lembro-me até hoje: foi um momento de realização, de muita alegria. Eu vi aquela bebezinha linda que acabava de nascer. Era a cara do pai. E, detalhe: minha filha”, falou emocionada. “Acho que Deus nos dá um filho para que a gente possa descobrir o que é e qual dimensão do amor. Amo minha filha, amo ser mãe”, resumiu.

Amigos Presentes na história 

Uma das amigas mais presentes nessa história de sonho e realidade foi Silvana Luciana, umas das amigas de trabalho de Kátia. “Estive muito próximo a ela durante esse tempo. Quando teve seu terceiro aborto de gêmeos foi um choque para todos, ela sofreu muito. Doía em mim vê-lá com mancha roxa na barriga durante o tratamento. Hoje, minha amiga está realizada, todo dia tem uma história da filha para me contar”, expôs.

“A vida não foi fácil para Kátia. Desde muito cedo batalhou muito e não deixou se abater pelas dificuldades. Ela venceu e hoje tem uma linda filha. Trabalhamos juntos em duas empresas, e é muito bom ter em nossa volta pessoas que lutam, batalham e vencem. A vida é assim”, relatou o diretor de jornalismo e comercial do Sistema Gurgacz de Comunicação, onde a jornalista trabalha atualmente e amigo, Alessandro Lubiana.

 

Por Fernando Pereira Diário da Amazônia

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