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“Arrasta Pé” na Terrinha, é muito show…

“O arraial aqui já é tradicional, Arrasta Pé na Terrinha tem tudo isso...”

Publicado: 30/07/2017 às 06h30

Uma das maiores festas juninas particulares de Porto Velho é a “Arrasta Pé”, veio da vontade de ser feliz e espalhar felicidade para todo mundo: da família, dos amigos e simpatizantes da professora Maria Auxiliadora Nunes Ribeiro. Tudo começou, em julho de 1999, para fomentar uma cultura quase esquecida de muito tempo atrás em que sua mãe, os amigos dela, vizinhos, todos nessa época, era de costume festejar os dias dos Santos padroeiros nas “festas juninas” desde Santo Antônio dia 13, passando por São João 24, São Pedro 29 e no dia 30 São Marçal na queima de cestarias e palhas e até hoje em alguns lugares ainda é tradição, principalmente nas escolas, onde faz parte do calendário escolar no que diz respeito às datas comemorativas e folclóricas: “Sempre tive esse sonho, assim organizei e motivei toda a família a participar e desde a primeira vez, no sítio do meu cunhado, Marcondes, próximo ao rio das Garças, com o nome “Arrasta Pé Na Roça”, sempre com esse aspecto de arraial de fundo de quintal. Era envolvido todo a família, amigos próximos e voluntários que gostavam de fazer festa, para cortar bandeirinhas, comidas típicas, brincadeiras e adivinhações, tudo como manda o figurino. Exigia sempre, que fossem feito barracas de arraial cobertas de palhas, separando as dos doces, das comidas típicas, bebidas e pula pula para as crianças, a fogueira tinha que ser de verdade, madeira grande e queimando à noite inteira, assando milho, onde se passava para virar madrinhas, afilhados e compadres, com a quadrilha dançada ao redor da fogueira, levantando o poeirão”. Saudosamente, lembra Auxiliadora.

A tradição, apesar de se perder um pouco na modernidade: “no começo, logicamente que festa na roça não teria graça alguma se não tivesse sanfoneiro, e no “Arrasta Pé Na Roça” não foi diferente, desde então, o ‘forró de pé de serra’ era por conta do ‘conjunto’ do seu Xavier, era só na acordeom, triângulo e zabumba, tocava à noite inteira até o sol raiar, isso foi bom demais (risos). Como até hoje, o que muda dependendo do cachê do grupo se for muito alto, se contrata um DJ, até por que as crianças cresceram e, os mais jovens gostam de música eletrônica e moderna, por amor a eles e que não percam a tradição das festas ‘juninas’ que mudou para “festas julinas” por conta das férias escolares. Mas, o importante disso tudo é que não acabe a tradição das festas folclóricas”, explicou a professora Auxiliadora.

A lição de vida, é que a ‘festa’ tinha que continuar e nos anos seguintes foram ganhando proporções bem maiores do que uma simples festa de fundo de quintal, as famílias foram crescendo, os amigos aparecendo e tudo foi triplicando da sua formação original: “Eu não tinha um lugar apropriado, fizemos nos anos posteriores na chácara do outro cunhado, o Chico, na Estrada do Areia Branca, “Arrasta Pé Na Chácara” e ainda como manda a tradição se usava as bandas de forró várias vezes foi à banda do ‘Choradim’ e a “Piolho de Cobra” um apêndice dos “Cobras do Forro” e outros, vinham com toda tradição de festa típica folclórica. Como já disse, a festa foi crescendo ficando mais popular, realizamos a partir daí em um lugar maior, alguns anos alugamos a Fazenda Silvana na BR 364, para a realização do Arrasta Pé Na Fazenda.

A partir de 2008, quando iniciado a construção da chácara, na Estrada do Areia Branca, passamos a realizar o “Arrasta Pé Na Terrinha” a qual recebeu o nome de “Terrinha Ninho de Urubu” por ser a família torcedores do Clube de Regatas do Flamengo, atualmente a residência do casal Timides e Dora, além de morada é palco de grandes festas personalizadas e visitas em finais de semana de familiares e amigos, uma realização feliz, após anos de muitas batalhas vencidas…” Relata, a professora Auxiliadora.
Segundo ela, festa que é festa tem que ter forró, concurso de dança, quadrilha junina com casais caipiras, aliás é uma tradição e uma exigência no convite é de se vestir a caráter, sorteio de brindes, bingo e pula pula, tradicionalmente as barracas de arraial, em que cada uma delas tem uma função de organizar as comilanças e as diversões: …

Quando aproxima do mês de Julho, é tudo combino antecipadamente, os convites um valor por pessoa, para empatar nas despesas, com som e pagamento do conjunto ou DJ, compra de descartáveis, decoração, aluguel de mesas e um pro-labore para as ‘meninas’ na portaria, e os que vão servir nas barracas: “Aos convidados, São combinados para trazerem um prato típico que são: vatapá, galinha caipira no tucupi, creme de milho, salpicão, galinha picante, bobó de camarão, pirarucu à casaca, espetinhos variados e uma variedade de doces, como: Bolo de macaxeira, milho, cocadas, maçã do amor, mingaus, cachorro quente, pudim, mousses, paçoca etc…

A decoração do espaço é tão importante quanto a fogueira que hoje é artificial e bem original. Meu esposo, filhas, irmã, sobrinhas, genros, e alguns amigos ajudam na decoração ou patrocinando algum prêmio para as brincadeiras, é feita seguindo a caracterização de arraial, quando posso, contratamos decorador de festa para às mesas e painel de fundo do salão, mas a maioria das vezes é pura inspiração e criatividade própria, o importante é o clima de alegria e festa que une familiares, amigos e simpatizantes que apreciam a Cultura das boas festas regionais e gostam de se divertir, hoje, conta com um público presente de 300 pessoas e já fazem 15 anos que no mês de Julho, os compadres e comadres ficam aguardando o chamado para o Grande “Arrasta Pé Na Terrinha” graças a Deus.” Muito feliz agradece Dora.

Por João Zoghbi Diário da Amazônia

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