Por falta de ônibus, a Secretaria Municipal de Educação de Cacoal, prorrogou mais uma vez o início do ano letivo escolar de 2017 na zona rural. Para os demais alunos das escolas públicas municipais e estaduais urbanas, o retorno às aulas ocorreu no dia 6 de fevereiro. O atraso foi motivado, devido as constantes chuvas e o atraso na licitação para a contratação do transporte escolar. A previsão é que as aulas da área rural tenham início no dia 13 de março.

Ao longo dos anos os alunos da área rural sempre foram prejudicados, pois os ônibus que ofereciam esse serviço, não apresentavam as devidas condições estruturais e de segurança para fazerem o transporte. Entre as irregularidades que eram encontradas durante as vistorias estavam: falta de cinto de segurança, extintor de incêndio, más condições mecânicas dos veículos e a falta do tacógrafo (que registra a velocidade do carro).

Para chegarem às escolas, cerca de 3,2 mil alunos dependem do transporte público escolar. Segundo o secretário municipal de Educação Severino Bertino Neto, já existia uma recomendação do Ministério Público (MP) sobre a oferta de ônibus de qualidade para fazer o transporte desses alunos. O edital de licitação foi publicado no dia 2 de fevereiro. Com essa licitação o município pretende contratar 36 ônibus.

“Nós acatamos essa recomendação e iniciamos o processo para a contratação de novos ônibus. Para suprir nossa demanda nós precisamos de 56 ônibus”, disse Bertino.

Convênio

Essa defasagem está sendo atendida pelo governo do Estado, que através de um convênio firmado com a prefeitura de Cacoal, irá entregar na tarde de hoje (22), 25 novos ônibus para também atender esse transporte. O município conta ainda com cinco ônibus que fazem parte da frota própria.

“Além da falta do transporte, as estradas também estão bastante danificadas devido as chuvas, em algumas linhas os ônibus não conseguem nem chegar. Logo que possível também daremos início na recuperação dessas linhas que dão acesso às escolas”, garantiu Bertino.

Apesar do atraso no início do ano letivo, o secretário garante que os alunos não serão prejudicados e que terão os 200 dias letivos exigidos por lei, sem a necessidade de reposição de aulas.

“Esse calendário já está feito, foi bem discutido com os gestores das escolas da área rural e esse documento será encaminhado para o Ministério Público”, finalizou.