Durante a manhã de ontem, um caminhão que transportava sacas de farinha tombou e caiu dentro do rio Madeira. Após o acidente, o embarque e desembarque seguiu normalmente no porto improvisado.
O acidente, que ocorreu na margem esquerda do Madeira, se deu pelas precárias condições de embarque.
Com o Terminal de Passageiros do Cai N´Água desativado desde junho de 2015, e o acúmulo de barcos para realização de embarque e desembarque de cargas e passageiros, o outro lado do rio tem sido usado como rota alternativa para o escoamento de alimentos e transporte de passageiros.
Segundo apurou o Diário, os trabalhadores se arriscam em pontes improvisadas de madeira, em um lugar sem nenhuma infraestrutura.
O caminhão, de onde estavam sendo descarregados as sacas de farinha, estava apoiado em um barranco com pedras e estacas de madeira, não suportou com o peso e despencou direto no rio, com o risco de ferir os trabalhadores que se equilibravam nas rampas improvisadas.
Em 30 de julho de 2012, o Terminal hidroviário do Cai N’água foi inaugurado, a obra realizada pela prefeitura vislumbrava melhores condições de trabalho, trafegabilidade e potencialidade turística, assim foi, até os cabos que sustentam toda a plataforma principal se romperem.
Hoje, com mais de dois anos, o porto segue interditado. Em julho deste ano, as obras foram iniciadas, com o lançamento de duas poitas, realizadas pelo Dnit de Manaus, mas os serviços não foram concluídas. Além da parte estrutural, devido ao desgaste e o tempo sem funcionamento, o sistema elétrico precisa ser renovado. Pontos de iluminação não estão funcionando.
Porto do cai n’água continua interditado
Em entrevista na semana passada ao Diário, o comandante da Delegacia Fluvial de Porto Velho o senhor Alexandre Santos, capitão de corveta, informou que a Marinha não é mais a responsável pela obra do Porto, que possui diversos problemas.
Somente este ano quatro inquéritos foram abertos, e em relação com 2011 e 2016 que a média de acidentes foi de 11,83, este ano foi apresentado um percentual de 200% para o mesmo período, e os dados da jurisdição da delegacia fluvial registou em média 3,7 vítimas fatais, e uma pessoa desaparecida. O Diário entrou em contato com a delegacia fluvial de Porto Velho, mas até o fechamento desta edição, nenhum acidente foi notificado pelos militares.