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Delegado esclarece sobre a Operação Akhav realizada na capital

Os delegados da Delegacia de Repressão a Crimes Organizados (Draco) e o Diretor Geral da Polícia Civil esclareceram sobre a Operação..

Publicado: 30/08/2018 às 12h47
Atualizado: 30/08/2018 às 13h27

Foto: Michael Schumacher

Os delegados da Delegacia de Repressão a Crimes Organizados (Draco) e o Diretor Geral da Polícia Civil esclareceram sobre a Operação Akhav em coletiva de imprensa durante a manhã desta quinta-feira (30). As informações foram repassadas pelo delegado titular da Draco, Marcelo Cozac, adjunto Marcos Vinicius e o diretor geral da PM, Elizeu Muller.

De acordo com os delegados, a organização criminosa usava apenas para financiar veículos em concessionárias, de forma que fosse repassados em seus nomes e seu valor de entrada. Após a retirada dos veículos, eram entregues a quadrilha e recebiam como forma de pagamento, se R$ 3 a 5 mil reais.

Na coletiva foi informado que não pagavam as parcelas dos veículos. Os carros alugados eram de uma locadora que fica no centro de Porto Velho. Um dos envolvidos foi preso armado durante a operação.

A operação

A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em parceria com a Delegacia Especializada de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Dervfra), iniciou nesta ,manhã de quinta-feira (30) o cumprimento de medidas cautelares que inauguraram a fase ostensiva da denominada “Operação Akhav”.

Foto: Michael Schumacher

As equipes de policiais da Draco, Dervfra e DECCV estão dando cumprimento a sete mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal desta Comarca, sendo seis em residências e um em empresa de venda e aluguel de veículos, todas localizadas em Porto Velho.

A ação desta quinta-feira é resultado de uma investigação de cerca de três meses, e teve início a partir de uma denúncia anônima, recebida no “Disque 197 da Polícia Civil”, que dava conta da atuação de um grupo criminoso especializado em um esquema de estelionato praticado para fins de aquisição de veículos em uma concessionária desta capital.

As diligências do Sevic da Draco confirmaram os fatos narrados, chegando, inclusive, a identificar várias pessoas que teriam servido como “laranjas” para aquisição de veículos. Os estelionatários cooptavam, em sua maioria, egressos do sistema penitenciário, que lhes forneciam documentação necessária para a viabilização dos contratos de financiamento. Após retirar o veículo da concessionária, o laranja recebia sua contrapartida, variando de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, e imediatamente repassava o veículo para membros do grupo criminoso mediante procuração registrada em Cartório.

Foto: Michael Schumacher

Além disso, ainda no início das investigações foi constatado a prática de outros crimes, conexos ao esquema de estelionato, já que os “veículos finan” estariam sendo deliberadamente fornecidos para outros criminosos os utilizarem em furtos e roubos ocorridos em nossa capital e outras localidades.

Até o momento já foram identificados mais de 100 veículos, adquiridos, de forma fraudulenta, em quase todas das concessionárias desta capital.

Ressalta-se que, apesar de, em um primeiro momento, figurarem as instituições financeiras como vítimas imediatas dos golpes, a sociedade também é sobremaneira lesada, seja pelo desequilíbrio no mercado de venda e aluguéis de veículos, já que os criminosos se locupletariam sem arcar como os custos naturais – e legais – desse ramo do comércio, bem como pelos crimes patrimoniais praticados por criminosos com a auxílio material dos investigados, que alugavam os automóveis para que outros criminosos praticassem roubos e furtos em diversas localidades.

Entre os alvos desta fase da investigação, figuram a dupla de criminosos James F. S. e Railton L. S. A. que já foram presos e indiciados na “Operação Apocalipse”, deflagrada, em 2013, pelo extinto GCCO/PC/RO. Entre os diversos crimes descortinados naquela época, fora apurado um esquema milionário de estelionato envolvendo aquisição, dentre outros bens, de imóveis e veículos automotores.

A denominação da operação remete à história de Jacó, em hebraico Yaakhov, que vem do verbo akhav, que significa “suplantar”, “tomar pelo calcanhar”. No dicionário Aurélio, por sua vez, define “suplantar” como “meter debaixo dos pés, prostrar, levar vantagem”.

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