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Enxame ameaça moradores e alunos em pleno centro da cidade

As aulas foram retomadas na Escola Estadual 21 de Abril está semana. Porém, o clima nos primeiros dias de aula era de insegurança. O..

Publicado: 06/02/2015 às 03h05
Atualizado: 28/04/2015 às 19h47

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O Corpo de Bombeiros de Porto Velho não detém de equipamentos adequados para a eliminação das abelhas

As aulas foram retomadas na Escola Estadual 21 de Abril está semana. Porém, o clima nos primeiros dias de aula era de insegurança. O motivo: um enxame que se instalou na sub esquina da rua Rafael Vaz e Silva com a avenida Abunã, no bairro Liberdade.

Crianças e adolescentes correram risco ao passar pelo local que esteve infestado pelas abelhas. Residentes de outras localidades também informaram ao Diário sobre a existência de infestação em vários pontos da cidade – resultado de um período de migração da espécie.

“As crianças são curiosas e podem acabar mexendo com a colmeia, atiçando as abelhas a atacar. Isso pode ter efeitos graves nos alunos que saem da escola”, comentou Daniela Alves dos Santos, moradora da região. Outro residente, que não quis ser identificado, informou que uma criança chegou a ser atacada pelo inseto esta semana. Ao ligar no número para emergências do Corpo de Bombeiros (193) foi informado de que a corporação não efetua mais o trabalho de eliminação de abelhas.

Segundo o sargento Charles, do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), responsável pelos atendimentos emergenciais do Corpo de Bombeiros, a corporação não detém equipamentos adequados para a eliminação do inseto em áreas urbanas. “Não temos equipamentos para retirarmos as abelhas sem machucá-las, pois matá-las como era feito antes, com a queima das colmeias, é um crime ambiental”, explicou. De acordo com o sargento, para que as abelhas fossem retiradas com segurança da área movimentada da escola, seria necessária uma roupa especial de apicultor (que protege quem manuseia a colmeia das ferroadas que, em grande escala, podem ser fatais) e um gás que acalma os insetos.

POLÍCIA AMBIENTAL TAMBÉM NÃO POSSUI EQUIPAMENTOS

O soldado Francis Jones Castro, da Polícia Ambiental, informou que também estão desprovidos de equipamentos que possam facilitar a retirada dos insetos. “É um crime ambiental matar as abelhas, pois a eliminação delas pode causar um desequilíbrio ambiental muito grande, por isso seria importante termos a roupa adequada e o gás para agirmos em situações como a da rua Rafael Vaz e Silva”, explicou.

De acordo com Castro, o Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscaliza frequentemente as ações que podem levar à extinção das abelhas, que desempenham um papel muito importante para o florestamento mundial. “O Ibama multa quem mata abelhas, pois elas são muito importantes, então para podermos agir é realmente necessário um preparo. Aqui, por enquanto, nós não podemos fazer nada”, finaliza.
Outro órgão verificado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental, informou que, também, não há nenhum técnico capacitado disponível para a retirada de colmeias no momento.

Até o fechamento desta edição, O Ibama não se pronunciou quanto ao caso e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente não retornou as ligações.

POLINIZAÇÃO

A maioria das pessoas lembra apenas de mel e ferroadas quando o assunto é abelha. Entretanto, a preservação do inseto é de extrema importância para o equilíbrio da vida. A maior qualidade do pequeno ser vivo é o alto potencial de polinização que carrega.

As abelhas são responsáveis por até 80% da polinização de cultivo em todo o planeta. E um alerta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) foi emitido: elas estão desaparecendo da Terra.

Segundo o órgão, o fim de colônias de abelhas foram notadas na Europa e na América do Norte no fim de 1960. Hoje em dia, além dos continentes mencionados, o desaparecimento também está sendo detectado na África e na Ásia.

 

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