BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

Estudo aponta RO como destaque na exportação

Rondônia está incluído no estudo como destaque no escoamento agrícola.

Publicado: 24/07/2017 às 05h15

A produção agrícola de Rondônia e do Mato Grosso é transportada pela Hidrovia do Madeira

Estudo desenvolvido pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) elencou uma série de obras prioritárias para ampliar a participação dos portos do chamado Arco Norte no escoamento da safra de grãos para o mercado externo. O Arco Norte engloba todos os portos dos estados da Região Norte e também o Maranhão. O estudo destaca investimentos em obras estratégicas e o fortalecimento da logística na região como fundamentais para garantir a competitividade e a expansão da produção de grãos no Brasil nos próximos dez anos. As obras classificadas como prioritárias contemplam os três modais logísticos da Região Norte e incluem a duplicação, asfaltamento e melhorias na sinalização das pistas, vias de contorno de cidades e acessos aos terminais portuários ou intermodais de quatro rodovias federais, dentre as quais a BR 364, que interliga Rondônia às demais regiões do Brasil e se constitui no único acesso para o escoamento da produção de grãos do Centro Oeste pela Hidrovia do Madeira, rumo ao mercado externo. Também estão listadas obras para o aumento da capacidade de fluxo das hidrovias dos rios Madeira e Amazonas, por meio de dragagens e melhorias na sinalização.

De modo a atender às projeções do setor para a produção em 2025, o estudo aponta que o Arco Norte deve mais que dobrar sua capacidade atual de escoamento, alcançando 40% de participação no volume total de grãos exportados pelo País. Nesse sentido, evidencia a necessidade de investimentos de curto e médio prazo na infraestrutura logística do transporte dos grãos em Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso. Para a hierarquização das principais obras e intervenções, a Embrapa desenvolveu um Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (Site), baseado em geotecnologias, que possibilitou analisar cenários futuros com base nas projeções do Mapa para 2025. “Levantamos a situação atual e futura de cada um dos portos que fazem parte do sistema Arco Norte e de sua bacia logística. Caso essa projeção se concretize e os portos da região não realizem novos investimentos, além dos programados, haverá um déficit operacional de seis milhões de toneladas, mesmo atuando com 100% da capacidade projetada”, explica Gustavo Spadotti, analista do Gite.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo de Miranda, que coordena o estudo, a curto prazo os ganhos de competitividade da agricultura brasileira com a melhoria da logística podem ser muito maiores e mais rápidos do que os obtidos atualmente pela adoção de inovações tecnológicas no sistema produtivo. “O agronegócio precisa conhecer, gerir e intervir melhor no tema da sua macrologística, como já faz o setor de mineração e industrial”, destaca. A indicação das obras necessárias para melhorar a logística do escoamento da safra considerou as bases temporais sobre a produção de grãos, os dados geocodificados sobre os modais logísticos, a retrologística de insumos e as modalidades de investimento possíveis – concessões, parcerias público-privadas e recursos do Tesouro Nacional. “Isso implica em uma série de cálculos de custos, competitividade e retorno de ganhos econômicos e financeiros”, ressalta Miranda.

Por Assessoria

Deixe o seu comentário