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Federal recebe comprovantes de lavagem de dinheiro para o MDB

O presidente Michel Temer é investigado no processo.

Publicado: 10/07/2018 às 10h28
Atualizado: 10/07/2018 às 10h29

Em janeiro deste ano, Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito (Divulgação)

A Polícia Federal (PF) recebeu 10 comprovantes de pagamentos da empresa Pérola, do grupo Rodrimar, para o escritório de advocacia de Flávio Calazans. O advogado revelou, em delação premiada, que seu escritório foi usado para lavar dinheiro pago a Milton Lyra, apontado como operador do MDB.

A Rodrimar disse, por meio de nota, que não participa da gestão da Pérola e que a empresa é controlada por uma multinacional. Disse, ainda, que está sendo alvo de “campanha metódica e oportunista”, com “claros interesses não só políticos, mas também comerciais”.

Em nota, a defesa de Milton Lyra disse que o empresário não conhece os termos da delação de Calazans, mas que Lyra “jamais teve qualquer relação com as empresas Pérola ou Rodrimar nem conhece seus dirigentes”. “Todas suas operações profissionais foram registradas, comprovadas e apresentadas às autoridades competentes. Esse esclarecimento já foi dado nas vezes anteriores que esse mesmo equívoco foi noticiado”, diz a defesa.

Os depósitos, a que o blog teve acesso, foram recebidos pela Polícia Federal no inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto em 2017 para beneficiar empresas do setor de portos, dentre as quais a Rodrimar. Em troca, a empresa teria pago propina. Temer nega. Em janeiro deste ano, Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito.

Os depósitos de junho de 2014 a março de 2015 são importantes, segundo os investigadores, porque confirmam informações prestadas na delação premiada de Flavio Calazans, também anexada ao inquérito. O delator afirmou que os depósitos eram de “contratos fictícios firmados entre o escritório de advocacia” e a empresa Pérola.

Por G1

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