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Garimpeiros exploram as terras Paiter-Suruís

De acordo com o GEF, os indígenas ameaçaram entrar em confronto, em Espigão do Oeste.

Publicado: 22/12/2016 às 05h20

Os agentes só conseguiram queimar uma das cinco escavadeiras que estavam no local

Segundo a edição da última segunda-feira (19), do jornal Folha de São Paulo, agentes do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama tentaram, na última quarta-feira (16), por fim a um dos principais focos de garimpo no território dos índios Paiter-Suruís, situado entre os estados de Rondônia e Mato Grosso (MT), na região da Reserva Roosevelt, em Espigão, mas foram impedidos pelos próprios índios, que se alinharam aos garimpeiros.

De acordo com os agentes do GEF, os indígenas ameaçaram entrar em confronto. Os agentes só conseguiram queimar uma das cinco escavadeiras que estavam no local, que tem um custo de R$ 500 mil por unidade – é o equipamento mais caro do garimpo.

Na sexta-feira (16), a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) promoveram uma reunião, na cidade de Cacoal, envolvendo lideranças indígenas ligadas à região do garimpo, para tentar convencê-las a abandonar a atividade de exploração ilegal. “Queremos atuar de forma pacífica e coibir o garimpo ilegal sem o risco elevado de confronto com os indígenas”, declarou o superintendente da PF de Rondônia, Araquém Alencar.

O jornal Diário da Amazônia tentou contato com o Ministério Público Federal (MPF) em Ji-Paraná, que jurisdiciona todas as questões envolvendo os índios da etnia Paiter-Suruís, mas devido ao recesso, que teve início ontem, dia 20, e que será encerrado no dia 6 de janeiro de 2017, não conseguimos obter informações sobre se será tomada alguma medida imediata para resolver a situação de invasão e exploração no local. O Ibama também não retornou as ligações.

A exploração no garimpo do diamante da Reserva Roosevelt começou no início dos anos 2000, nas terras dos índios Cinta-larga. A região é vista como uma das maiores jazidas do mundo. O auge da exploração foi em 2004. Nesta época havia cerca de 5 mil garimpeiros no local. À época houve um confronto entre índios e brancos, com a morte de 29 garimpeiros. Com a intervenção da Justiça houve uma interrupção temporária.

Por Fernando Pereira Diário da Amazônia

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