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Globo tem nova geração de atrizes lésbicas empoderadas

Artistas usam redes sociais para manifestar a orientação sexual, declarar seu amor e lutar contra a homofobia

Publicado: 11/03/2019 às 10h59
Atualizado: 11/03/2019 às 11h00

Clicar ‘compartilhar’ no Instagram virou um ato político e, ao mesmo tempo, gesto afetivo.

A rede social em ascensão – um antídoto contra a toxicidade do Facebook – é a plataforma preferida de atrizes e atores homossexuais em militância contra o preconceito.

Nela, os famosos se posicionam pela liberdade de expressão e a diversidade sexual.

De quebra, o ‘Insta’ se tornou espaço para declarações de amor dignas de novela.

Nos últimos anos, chama a atenção o ‘outing’ de atrizes da nova geração. Acontece com cada vez mais frequência. No Carnaval, a carioca Laryssa Ayres, de 22 anos, assumiu o namoro com a também artista Maria Maya, 37.

Carol Duarte (à direita) com a namorada Aline Klein: militância digital contra a homofobia

Em O Sétimo Guardião, ela interpreta Diana, adolescente que enfrenta o pai machista e preconceituoso, Nicolau (Marcelo Serrado), para realizar o sonho de ser uma campeã de caratê.

No elenco da mesma novela está Bruna Linzmeyer, 26 anos, a Lourdes Maria da trama. Desde 2016, a catarinense namora a artista plástica Priscila Visman.

No Instagram, as duas postam fotos de beijos e carinhos, e mensagens de combate à intolerância.

“Perdi contratos por me assumir lésbica, mas também ganhei oportunidades”, declarou Bruna à revista Marie Claire.

Em A Força do Querer (2017), a então estreante Carol Duarte, hoje com 26 anos, se destacou na pele de Ivana, a jovem de classe média alta em conflito pela descoberta da própria identidade sexual.

Nanda Costa e Lan Lanh: paixão compartilhada com fãs no Instagram

No fim, ela fez a transição e assumiu o gênero masculino, inclusive com a cirurgia para retirada das mamas. Passou a ser Ivan.

Durante a novela, Carol revelou ser lésbica. Antes disso, suas postagens no Instagram já indicavam o namoro com a fotógrafa Aline Klein.

Desde então, passou a usar a rede social a fim de conscientizar os seguidores a respeito da luta de uma minoria sob ameaça permanente de desrespeito e violência.

“A cada 19 horas morre uma pessoa LGBT no Brasil”, escreveu a atriz na época do início do julgamento da criminalização da homofobia no Supremo Tribunal Federal.

Nessa onda de empoderamento de atrizes gays, Nanda Costa também usou a rede social de fotos e ‘stories’ para confirmar sua orientação sexual e o relacionamento com a cantora e percussionista Lan Lanh.

Outras atrizes que não escondem o relacionamento com uma mulher são Thalita Carauta (a Gorete de Segundo Sol), Alessandra Maestrini (a Bozena de Toma Lá Dá Cá), Renata Gaspar (protagonista seriado Pais de Primeira) e Letícia Lima (do humorístico Vai que Cola).

Sempre existiram atrizes lésbicas ou bissexuais na Globo, porém, elas não falavam abertamente sobre a questão. Havia o temor de reação negativa do público, superexposição na mídia e possível prejuízo à carreira.

Agora, os artistas LGBT têm mais liberdade para serem o que são, sem precisar criar um personagem heteronormativo.

Até mesmo as jornalistas de TV, obrigadas a seguir regras rígidas em relação à imagem pública, podem declarar sua homossexualidade ou bissexualidade.

Em post de 29 de dezembro, este blog destacou os exemplos das apresentadoras Fernanda Gentil e Leilane Neubarth, e da repórter Nadia Bochi.

Por Blog Sala de TV

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