O governo da Guiné Equatorial negou nesta quinta-feira ter patrocinado a escola campeã do Carnaval 2015 do Rio, a Beija-Flor. Segundo nota, não foi disponibilizada verba para que a escola cantasse uma homenagem ao país africano, o que ocorreu foi apenas uma “iniciativa de empresas brasileiras que atuam no país”.
Na nota, não são informadas as empresas que teriam feito a doação. No entanto, o carnavalesco da escola apontou Odebrecht, Queiroz Galvão e grupo ARG como as responsáveis pelo financiamento do desfile. Na manhã de ontem, a construtora Odebrecht divulgou que não patrocinou o desfile da Beija-Flor.
“A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro”, diz o texto divulgado pela empreiteira. “A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014”, declarou a empresa.
A Guiné Equatorial vive sob a ditadura de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo desde 1979. Uma delegação de autoridades do país esteve em um camarote na Sapucaí durante o desfile da escola, entre eles o filho de Obiang, conhecido como Teodorin.