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Hemeron passa a cobrar bolsas de sangue em Rondônia

Os valores podem chegar a R$ 1.891,94; hospitais particulares reclamam.

Publicado: 05/06/2015 às 14h49
Atualizado: 09/06/2015 às 23h32

No interior do Estado, pacientes já pagam pela reserva de bolsas de sangue

No interior do Estado, pacientes já pagam pela reserva de bolsas de sangue

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia (Fhemeron) em Porto Velho, passou a cobrar pelas bolsas de sangue utilizadas ou apenas reservadas pelos pacientes. Os valores de reservas podem chegar a R$ 90,71 e o valor de uma bolsa de sangue utilizada pode chegar a custar R$ 1.891,94 mil. Os hospitais particulares do município de Cacoal reclamam, pois não foram comunicados previamente pela nova cobrança e os pacientes são contrários ao pagamento.

Como é o caso da funcionária pública Josiani Perini, que estava com o pai internado em um hospital particular para realizar uma cirurgia de próstata, porém, mesmo com o cancelamento do procedimento, a família teve que pagar por duas bolsas de sangue que nem chegaram a ser utilizadas.

“Eu achei muito estranho, apesar da cirurgia ter sido suspensa, eu tive que pagar quase R$ 140 apenas pela reserva das bolsas. A minha indignação é que eu não concordo em pagar uma coisa que é doada, eu pago meus impostos, e na hora de fazer uma cirurgia tenho que pagar para ter o sangue, não concordo mesmo”, desabafou.

Josiane chegou a ligar na unidade da Fhemeron em Cacoal, para saber sobre a procedência da cobrança e foi informada que eles não estavam cobrando o sangue, mas a funcionária pública teve acesso através ao boleto, onde a Fhemeron cobra as bolsas de sangue do hospital.

De acordo com o diretor administrativo do hospital particular, Gregório de Almeida Neto, a Fhemeron informou a eles que não está cobrando o sangue, mas sim o que é gasto com a confecção da bolsa e exames nesse sangue. De acordo com o diretor, normalmente quem paga as despesas no hospital particular é o paciente, e como a cobrança está sendo repassada, os pacientes estão se assustando. “Nós, enquanto hospital, não estamos cobrando pelo sangue, estamos apenas repassando para o paciente um valor que a Fhemeron está impondo para que seja recolhido. Ela está mandando um boleto no final do mês de todo o sangue que o hospital pegou, para que repassemos a cobrança aos pacientes que utilizaram”, explicou Gregório.

De acordo com o diretor, até o momento o hospital não recebeu nenhum comunicado oficial da Fhemeron. “Nós recebemos o primeiro boleto no mês de junho, cobrando as bolsas utilizadas entre os meses de março e abril. Quero esclarecer que não é o hospital que está cobrando. O hospital é apenas um veículo que a Fhemeron está usando para cobrar dos pacientes”, alerta.

O gerente da Fhemeron em Cacoal, Tochiuqui Nakandakare, afirma que também não recebeu nenhum comunicado sobre o motivo das cobranças da bolsa de sangue, mas garante que não é o sangue que está sendo cobrado e sim os exames realizados nesse sangue. De acordo com a nota de cobrança da Fhemeron enviada ao hospital, as reservas das bolsas de sangue que não forem utilizadas variam entre R$ 69,50 a R$ 90,71, e as bolsas de sangue utilizadas pelos pacientes variam entre R$ 386,97 a R$ 1.891,94 mil.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia

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