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Moradores reclamam de abandono

Bairro Triângulo é um dos mais antigos e recebeu moradores durante a obra da EFMM.

Publicado: 12/03/2018 às 08h17
Atualizado: 12/03/2018 às 08h19

Unidade de Saúde do bairro Triângulo é fruto de compensação da usina de Santo Antônio e funciona apenas no período da manhã, segundo relato de comunidade do bairro (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

Moradores do Triângulo, bairro localizado na área central histórica de Porto Velho, reclamam da falta de infraestrutura no local, principalmente das péssimas condições da Unidade Básica de Saúde da Família Santo Antônio, do que consideram negligência nas áreas de possíveis desbarrancamentos e o abandono dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), que cortam a localidade.

Luiz Luz Máximos, presidente da Associação do bairro

De acordo com Luiz Luz Máximos, presidente da Associação de Moradores do Triângulo, a sensação em comum entre a comunidade é que foram esquecidos e abandonados pelo poder público. “Triângulo é história, é tradição. Nós chegamos a proteger a Igrejinha de Santo Antônio, o cemitério, o casarão, o igarapé do Mato Grosso e falam só da Praça Madeira-Mamoré, mas aqui nós temos história também, somos porto-velhenses e merecemos respeito”, disse.

Unidade de saúde 

A única Unidade Básica de Saúde que atende o bairro é a UBSF Santo Antônio, que funciona das 7h às 19h, mas só possui equipe médica disponível para atendimento ao público na parte da manhã. Deane Ximenes, diretora da Unidade, garante que das 7h às 13h estão disponíveis para a população consultas médicas (clínica geral), além de serviços odontológicos e enfermeiros capacitados. À tarde, por falta de equipe, funcionam apenas serviços administrativos.

Oura reclamação da população é com relação a estrutura da Unidade. A base é de alvenaria, mas a estrutura é de madeira. “Ela é de madeira porque é uma obra de compensação da Usina de Santo Antônio, mas possui estrutura para atendimento”, disse Marcusi Antônio Santos, diretor do departamento de atenção básica, complementando que o risco do bairro Triângulo alagar não permite a construção de uma nova saúde”.

Trilho da EFMM que corta a bairro Triângulo, na capital

EFMM

A partir da assinatura do Termo de Concessão e Contrato de Gestão do Complexo Madeira-Mamoré a revitalização do Complexo da EFMM ficou sob responsabilidade da prefeitura de Porto Velho pelos próximos 50 anos. Durante assinatura do Termo, o prefeito Hildon Chaves informou que ainda em 2018 seriam iniciadas as obras de revitalização do espaço, que contará com mais de R$ 23 milhões.

Revitalizar bairro está em estudo

Porém, segundo Antônio Ocampo Fernandes, presidente da Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), a revitalização dos trilhos que cortam o bairro Triângulo ainda estão sob estudo. “Nessa primeira etapa do projeto vamos focar na área da Praça Madeira-Mamoré, enquanto os trilhos que passam pelo bairro Triângulo ainda não têm um prazo para serem revitalizados”, disse Ocampo.

O bairro Triângulo foi atingido com a cheia de 2014 (Foto: Jota Gomes/Diário da Amazônia)

Cheia 

O Diário da Amazônia entrou em contato com a Defesa Civil Municipal para obter informações sobre a possibilidade de desbarrancamentos e os eventuais riscos à vida da população, mas não obtivemos retorno até o fechamento dessa matéria.

Por Ana Kézia Gomes Diário da Amazônia

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