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Obras de escritores rondonienses serão referências nas escolas

A Secretaria Estadual de Educação anunciou que vai imprimir e distribuir obras de autores regionais em escolas de Rondônia.

Publicado: 10/01/2020 às 08h59

Foto: Daiane Mendonça

Escritores rondonienses terão seus livros usados nas escolas da rede estadual de ensino. De acordo com o secretário de Educação Suamy Vivecananda, aproximadamente 20 autores da Capital e do Interior estão em condições de descrever a Rondônia de ontem e de hoje. Ele destacou a importância de livros atualizados, cuja impressão deverá ser autorizada a partir deste ano em indústrias gráficas locais. “Nossa Terra, nossa gente e Teixeirão são dois deles”, destacou.

Suamy Vivecananda informou que, por meio da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero), a Seduc inicialmente investirá R$ 800 mil para contemplar publicações de história, geografia e literatura. Segundo o secretário, novos recursos virão até o segundo semestre. Os livros de novos autores deverão fortalecer o ensino de história e geografia, encampando a sociologia, atualizando dados econômicos, e destacando ainda arranjos produtivos de cada região. A relação entre o local e a formação da identidade é um dos novos focos do conhecimento histórico escolar.

Suamy lembrou que, em décadas passadas, a diversidade regional aparecia nos livros escolares, porém, isso ocorria frequentemente com elementos folclóricos. “Por isso, hoje, é fundamental considerarmos as lutas populares, o esforço empresarial, as etnias todas, na construção social e nas transformações culturais ocorridas ao longo do tempo”, explicou.

O governador Marcos Rocha determinou total empenho da Fapero nas avaliações de livros com ênfase a ciências humanas, história e desenvolvimento econômico. Ao mesmo tempo, segundo disse o secretário Suamy Vivecananda, Rocha atenderá aos pleitos da Assembleia Legislativa no sentido de prestigiar autores regionais.

Internamente, a Seduc também buscará concentrar toda legislação para prestadores de concursos públicos no Estado. Daqui para frente, os concursos deverão conter uma parte de questões obrigatórias referentes à construção do Estado. “É aí que foram bem aceitas as contribuições de cada um, de acadêmicos a parlamentares”, disse a diretora geral da Seduc, professora Irany Oliveira. Um grupo de trabalho supervisionado pela Casa Civil estuda a sistematização histórica de cada município, a fim de obter êxito no atendimento às coordenadorias de educação em diferentes regiões rondonienses.

Segundo Irany, o edital de chamamento público possibilitará o ingresso desses autores no rol daqueles detentores de conhecimento a respeito de Rondônia. “Pessoas que ainda não foram contemplados com a circulação de suas obras em escolas, bibliotecas e demais repartições públicas”, assinalou. “Queremos livros que não fiquem guardados, mas para serem sempre pesquisados”, disse o secretário Suamy.

Situações vividas por diversos autores de reconhecido saber caminham agora para a solução, casos, por exemplo, da professora e acadêmica Yedda Borzacov, de Porto Velho, e do professor doutor em química Rosalvo Stachiw, docente dos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia no campus de Rolim de Moura (Zona da Mata) da Universidade Federal de Rondônia. As aquisições também contemplam temas transversais definidos pelo Ministério da Educação, abordando valores referentes à cidadania: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural.

No âmbito geral, a Seduc dará seguimento à aquisição direta de kits de literatura infantojuvenil, incluindo o do Exame Nacional do Ensino Médio. “Alunos jovens e adultos estavam carentes de diversos livros”, anunciou a diretora Irany Oliveira. Segundo ela, alunos de todas as regiões conhecerão mais história e geografia humana de Rondônia. A clientela escolar também receberá livros com temas indígenas e quilombolas, e de educação especial, a exemplo do primeiro em Braile [de Louis Braille, introdutor da leitura para cegos] que só chegou à Seduc no ano passado. Esses livros serão todos entregues às 18 coordenadorias regionais de educação e às bibliotecas públicas municipais.

Paralelamente a publicações que mostram a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o Memorial Jorge Teixeira e o Memorial Rondon, em Porto Velho; a estação do trem e o Museu Regional em Guajará-Mirim; o Forte Príncipe da Beira em Costa Marques; a Casa de Rondon em Ji-Paraná; e o marco geodésico em Vilhena; a Seduc prosseguirá estimulando visitas de estudantes a esses locais. Em 2019, Setur e Seduc levaram alunos para conhecer o Museu Rondon, na Vila Santo Antônio do Madeira. Neste início de 2020 prosseguirão mostras de estudantes artistas na Casa de Cultura Ivan Marrocos.

 

Com informações da Secom

Por Redação Diário da Amazônia

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