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Oeste — Thriller sobre submundo do jogo do bicho no Rio de Janeiro

No código de honra do jogo do bicho, os acordos são baseados na palavra. Não vale o que está escrito, mas o que foi dito. A família é..

Publicado: 05/11/2014 às 12h57
Atualizado: 29/04/2015 às 05h45

No código de honra do jogo do bicho, os acordos são baseados na palavra. Não vale o que está escrito, mas o que foi dito. A família é o bem mais valioso. O clã é formado pelos parentes de sangue e também os de comunhão nos negócios. O dinheiro compra “amizades” e influência na política, na polícia, na imprensa e na Justiça. Inspirado em fatos reais, Oeste, de Alexandre Fraga, conta a história de Nabor Cavalcante, que dominava o jogo do bicho e, posteriormente, o negócio dos caça-níqueis na zona oeste do Rio, desde os tempos da ditatura militar. Até que sua morte deflagra uma guerra familiar pela sucessão.

Com diálogos cinematográficos e narrativa contemporânea, Alexandre Fraga constrói personagens emblemáticos da contravenção, como o advogado dos bicheiros, a viúva que recebe pensão do assassino de seu marido, o policial corrupto que recebe propina para defender os clãs e o promotor inimigo número 1 do jogo do bicho que vê sua vida arrasada por uma garota de programa.

Nascido antes como roteiro, Oeste já teve seus direitos vendidos para o cinema e o filme, comprado pela Downtown, de Bruno Wainer, já está em fase avançada de produção.

“Quem quer manter o poder tem que matar”. Essa frase poderia estar na fala de qualquer personagem de Oeste. Mas ela foi dita pelo seu autor, Alexandre Fraga, para explicar o cerne da criminalidade que marca a história da máfia da contravenção no Rio de Janeiro, retratada em sua obra. Ou de qualquer outra quadrilha, seja no Brasil, na Sicília ou na Nova York do início do século XX. A citação a esses outros lugares não é à toa: para quem é fã de O poderoso chefão, sobre o clã de Vito Corleone, que virou um dos maiores clássicos do cinema mundial, Oeste é um prato cheio.

Carioca da Tijuca, vascaíno, salgueirense, de 41 anos, Alexandre Fraga é fã de romances e filmes policiais e já escreveu outros dois livros, Quando os demônios vão ao confessionário e Canibal de Copacabana. Viciado em histórias em quadrinhos quando criança e grande observador da alma humana, Fraga vê na criação de personagens e nos diálogos a força de sua literatura. Oeste nasceu como roteiro, e já tem seus direitos comprados para o cinema, pela Downtown Filmes, de Bruno Wainer. O romance, de fôlego, tem inspiração declarada numa de suas maiores paixões: a saga dos Corleone, que o seu autor predileto, Mario Puzo, eternizou na literatura e no cinema mundiais, ao lado de Francis Ford Coppola. Alexandre Fraga é policial federal, já trabalhou em fronteira e conhece bem os meandros da segurança pública no Brasil.

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