BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

Os pontos do ‘Artesanato nosso de cada dia’

“Na Economia Solidária os valores envolvidos, são maiores dos que só visam lucro”.

Publicado: 18/03/2018 às 08h15

Rosana Morais, ‘Floresta Delícias da Amazônia/Aeroporto

Empreender no artesanato tem suas vantagens e como todo empreendimento, suas dificuldades e riscos. Há 17 anos, ‘tocando’ a loja de artesanato ‘Floresta Delícias da Amazônia’ na avenida Presidente Dutra em Porto Velho, Rosana Morais, com o esposo Raimundo e a filha Cíntia Morais, mantiveram por 5 anos uma loja no Shopping e atualmente, há quase 1 ano e meio, filial no Aeroporto Internacional de Porto Velho. Mantém atendimento especial nos horários dos voos: das 11h30 às 15h30 e das 21h às 2h30: “Oferecemos aos clientes, a maioria são turistas, o melhor do artesanato regional e principalmente de Porto Velho, o nosso carro-chefe é o ‘Kit Regional’ feito uma cestinha da casca do cupuaçu, montado pelo cliente, com lembrançinhas, chaveiros, bombons de cupuaçu e castanha, o artesanato indígena ‘Karithiana’, as camisetas orgânicas da ‘Justa Trama’ e da ‘Pierim’ que tem tradição das ‘melhores lembranças da sua viagem’, além do artesanato em madeira, araras, peixes e cerâmica, tudo da melhor qualidade”, concluiu Rosana.

As irmãs, Marlene e Glória, guerreiras da ‘Feira do Sol’

Lá por volta de 1913, se concluía a construção da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, as ‘Três Caixas D’água e mais adiante a construção da ‘cidade do porto’ e, o primeiro projeto habitacional do Brasil, o bairro Caiari. Logo se percorria por caminhos telegráficos que fora traçados pela comitiva Rondon, pego como referência, à abertura das estradas do progresso: BR-364 de Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO) até Rio Branco (AC) e a BR-319 até Manaus (AM) ligando o Sul ao Norte do Brasil.

Na beira desse rio na década 1980, na lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, foi criado um espaço para a arte e o artesanato de Rondônia no galpão ao lado do ‘Plano Inclinado’: a “Casa do Artesão”. Nessa época o trem ainda corria sobre os trilhos até as extintas cachoeiras de Teotônio e Santo Antônio, uma década depois, se despediam.

A ‘Casa do Artesão’ é uma referência para o que temos hoje, apesar das dificuldades encontradas nessa trajetória há quase 40 anos de luta dos artesãos.

Sem apoio, há muito os artesãos da Feira do Sol e da Cooperativa Açaí, na busca de superar e vencer os altos e baixos do ‘inesperado’ do setor: sempre à beira da ‘marginalidade’ social, na visão de muitos que preferem, mesmo estando no poder, não apoiar.

Agmar, receptivo na ‘Artes Brasil Artesanato’

Paralelo ao progresso os jovens artistas beradeiros e artesãos vindos de todas as partes do País se encontraram em um grande “Caldeirão Cultural”, para, através de sua arte para recontarem a nossa história.

Se comemora dia 19 de março o Ddia do Artesão, homenagem justa de quem conta a história regional através da arte que surge magicamente de suas mãos.

Temos em Porto Velho vários pontos espalhados pela cidade, em que muita gente deixa de consumir os produtos, pelo fato de não saber onde encontrar, principalmente os turistas. Para os amigos da “arte de fazer com as mãos” segundo o folclorista J. Monteiro, vamos facilitar para que não fiquemos ‘rodados’:

No Mercado Central, por exemplo, temos três lojas: ‘Artes Brasil Artesanato’ do Box 60 do artesão Agmar Caixeta, além de produzir 80% do seu estoque vende camisetas com estampa regional e cerâmica Marajoara: “Aqui as vendas são boas e, melhora muito depois dos períodos das festas de final de ano, do carnaval e da volta à escola, as vendas do artesanato caem bastante durante esses três meses, até aqui, o Mercado Central fecha mais cedo”, disse Agmar.

Vera, indicando a minibiblioteca

Para a artesã Vera Lúcia Fröehlich, filha de Passo Fundo (RS), veio para Porto Velho na década de 1974, em companhia de seu marido Elieser Palma (já falecido) e tiveram um filho Lubian Fröehlich Palma que é advogado: “Sou proprietária da loja ‘O Segredo da Amazônia’, há 12 anos no Box 19. Além de comercializar os meus produtos têm os artesanatos de outros artesãos de Porto Velho, especialmente indígenas Karithiana, bombons de cupuaçu e castanha, que são os carros-chefes das vendas”.

Por mais curioso que possa ser, tem uma minibiblioteca com títulos de autores regionais como: ‘Rondônia na História’ de Aleks Palitot; ‘Farinha Pouca, Meu Pirão Primeiro: à mesa com os ribeirinhos’ de Nair Ferreira Gurgel do Amaral, Neusa dos Santos Tezzari, Iracema Gabler e Glória Valladares Grangeiro e, muitos outros bons e grandes títulos regionais.

Marta, Graça, Inês, Rosana e Pedro

O terceiro espaço ‘Artesanato do Porto’ pertence a artesã Marta Helena de Belo Horizonte que há 11 anos mora em Porto Velho, 7 anos toca a loja no Box 19 no Mercado Central: “Comecei em BH, me especializei e sai pelo mundo produzindo e sobrevivendo do artesanato (hipper) por ser de aceitação popular e fácil de comercialização”, tenho quatro filhos Rayan, Sara , Raquel e o Gabriel, junto com meu esposo fazem o beneficiamento das sementes”, afirma Marta.

Somando suas habilidades, produz brincos e especialmente colares de biojoia, nos finais de semana, há 10 anos, soma com seu esposo, Walter Guedes num treiler na praça Aluízio Ferreira o ‘Arte Trok’ na ‘Feira do Porto’: “Sou artesã e comerciante, vendo à história regional através da biojoia, de objetos decorativos e souvenirs. O que mais vende, são meus colares, as miniaturas do trem da E.F.M.M., as Três Caixas D’água do Pedro Furtado; lembranças de coco do Giovani; ímãs de geladeira da Raquel do Candeias; arcos e flechas, pau de chuva e os brincos ‘Karithianas’, em parceria com a ‘Cooperativa Açaí’, os produtos ‘Justa Trama’, é para um público seleto, feito em algodão orgânico, uma questão de consciência, e qualidade de vida. Na ‘Economia Solidária’ os valores envolvidos, são maiores dos que só visam o lucro”, concluiu, Marta.

 

Por João Zoghbi Diário da Amazônia

Deixe o seu comentário