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Prédios abandonados são usados como esconderijos na capital

População do bairro Costa e Silva pede providências contra o abandono de prédios na região.

Publicado: 03/06/2019 às 08h35

Foto: Roni Carvalho/ Diário da Amazônia

Prédios antes ocupados por órgãos públicos e terrenos abandonados há mais de 5 anos vêm causando transtornos aos moradores do bairro Costa e Silva, em Porto Velho. De acordo com os moradores do bairro, os prédios abandonados na região atraem invasores, mendigos e até usuários de drogas, que fazem do local ponto para prática de atos libidinosos, esconderijo para produtos roubados, tráfico de drogas, além de fazerem necessidades fisiológicas, gerando mau cheiro e o acúmulo de lixo no local.

Na região, em um perímetro bem próximo um do outro, existem três prédios públicos abandonados e um terreno baldio. Conforme informam moradores do bairro, são prédios antigos do 2º DP, Ministério do Trabalho, um terreno baldio da antiga Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), e uma obra inacabada do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER/ RO), todos na mesma região. Com o abandono dos prédios e terrenos, a escuridão e o mato tomam conta do local, o que favorece mais ainda para o esconderijo de usuários de drogas e moradores de rua.

Segundo a comerciante Vanda Santos, há 8 anos todos esses prédios ainda estavam funcionando. “Eles levaram tudo o que tinha dentro dos prédios. Durante a noite aqui é muito escuro e temos medo até de sair na rua porque é muito perigoso. Tenho medo de ser assaltada. Eles saem correndo no meio da rua, em muitos casos, eles ficam nus. O que a gente quer é pedir socorro às autoridades porque essa situação está muito difícil. A porta do meu comércio fica sempre fechada porque tenho medo de eles quererem entrar aqui. Eles fazem muito barulho. A gente chama a polícia, mas eles sempre retornam para o mesmo local”, explicou Vanda.

Os moradores vivenciam diariamente o medo de serem assaltados. O bairro Costa e Silva possui vários pontos importantes da capital que são muito frequentados pela população, como o Espaço Alternativo e o Hospital de Base.

De acordo com um morador do bairro, que não quis ser identificado, cerca de 10 usuários de drogas frequentam diariamente o antigo prédio do Ministério do Trabalho. Segundo ele, é comum ver os invasores saírem do local para tentar furtar as residências do bairro. O prédio do antigo 2º DP, que já serviu para diversos inquéritos policiais, hoje serve como depósito de produtos de furtos e roubos.

“Aqui no meu bairro a situação está bem complicada. Nós temos aqui terrenos baldios que atraem muito moradores de ruas que se escondem no local para utilizar drogas, o que causa medo na população. Tem muito mato nesses prédios abandonados, além de ser muito escuro. Hoje os moradores não podem mais ficar sentados na frente das suas residências”, relatou. Ele ainda contou que, por várias vezes, alunos, professores e até pedestres que vão caminhar no espaço alternativo já foram assaltados.

Os moradores ainda informam que a Polícia Militar (PM) tem feito rondas constantemente pelo local para impedir que os invasores, elementos, continuem frequentando o espaço. Porém, devido a outras ocorrências, as guarnições não podem ficar constantemente no local, o que faz com que os invasores e usuários de entorpecentes retornem ao local.

Por Sara Cicera/ Diário da Amazônia

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