Dando sequência ao trabalho de inspeções das unidades prisionais, o deputado Anderson do Singeperon (PV) esteve na Casa de Detenção Dr. José Mário Alves da Silva (Urso Branco) e no presídio provisório Feminino da capital. No dia seguinte, inspecionou o provisório Masculino, mais conhecido como Pandinha.
No Urso Branco, que abriga hoje cerca de 640 apenados, Anderson conversou com a direção e agentes plantonistas, os quais revelaram que a maior dificuldade ainda está no efetivo de servidores.
“Mesmo com as escalas extras, existe essa necessidade de mais agentes penitenciários para reforçar a segurança e desenvolver as atividades rotineiras”, relatou o parlamentar.
Segundo Anderson, a estrutura é antiga e ‘judiada’, consequência das diversas rebeliões e motins, o que levou o Estado Brasileiro a responder processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), afirmou.
No entanto, o parlamentar ressaltou uma das iniciativas de reinserção social que será implantado na unidade ao visitar o espaço onde deverá funcionar uma biblioteca. “Aqui o preso poderá diminuir a sua pena por cada livro lido. Um projeto que tem funcionado bem em outros Estados”, destacou.
Já no Presídio Provisório Feminino, o deputado Anderson também verificou as condições de trabalho e a estrutura local.
O efetivo de agentes penitenciárias também é baixo, em relação às pouco mais de 40 apenadas. “A estrutura também é ruim, mas nos colocamos à disposição para ajudar no que for preciso a direção e colegas”, evidenciou.
Faltam vagas
A unidade prisional que recebe os presos provisórios, geralmente advindos da Central de Polícia, também passou pela inspeção do deputado, na quarta-feira (20).
Com pouco mais de 400 presos, Anderson constatou que cerca de 80 condenados cumprem pena na unidade por falta de vagas nas demais penitenciárias.