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Cacoal: Professor descobre talentos jovens na dança

Curso oferece vagas nos períodos da manhã e noite para as modalidades de balé, jazz e hip hop. Foi agarrando uma oportunidade como esta..

Publicado: 17/10/2014 às 14h19
Atualizado: 28/04/2015 às 11h02

Curso oferece vagas nos períodos da manhã e noite para as modalidades de balé, jazz e hip hop.

Curso tem a duração de oito meses e disponibiliza 150 vagas para meninos e meninas com idade de 7 à 16 anos

Curso tem a duração de oito meses e disponibiliza 150 vagas para meninos e meninas com idade de 7 à 16 anos

Foi agarrando uma oportunidade como esta que o jovem professor de dança Fábio Dourado iniciou sua história. Com 22 anos ele sabe muito bem o quanto vale uma chance de ser bolsista e poder contar com apoio de alguém para ser inserido no meio artístico cultural.

“Há sete anos comecei a ter aula de jazz atraído pelas coreografias e se fosse olhar pela minha situação financeira eu jamais saberia que tinha talento”, relembrou Fábio contando outras histórias sobre a época em que iniciou suas aulas como bolsista de uma academia. “Mal sabia que aquela oportunidade se transformaria mais tarde em uma paixão”, complementou. Apesar do preconceito que ele diz ter passado – por ser menino e gostar da dança, o jovem com muito esforço já colhe frutos: com a ajuda de custo que receber como monitor do programa educacional ‘Mais Educação’ e das aulas de dança nas cidades de Cacoal e Espigão d’Oeste iniciou o curso de Educação Física.

Com muito orgulho, o professor conta que faz parte do projeto que abriu vaga para aulas de balé, jazz e hip hop com duração de oito meses e oferece 150 vagas para meninos e meninas com idade de 7 a 16 anos. Depois de ter iniciado sua vida como bolsista, seu talento abre hoje portas e por meio dele sua vida profissional tem sido delineada. “Eu me vejo em cada um desses alunos, que tem sonho de seguir carreira”, disse. Para a idealizadora do projeto e uma das suas incentivadoras, a professora Petty Cristine – diretora da escola de dança, muitos garotos e garotas de talentos ainda precisam ser descobertos e o exemplo do Fábio merece ser contado para que as famílias se atentem às jóias que têm em sua casa.

“Minha intenção com o projeto sempre foi de oportunizar a quem sonha seguir carreira e viver da dança”, expôs a professora que é formada em balé clássico, graduada em educação física e especialista em fisiologia do exercício e nutrição do esporte.

Iniciado há dois anos, o projeto nasceu com o objetivo de oferecer aos meninos e meninas matriculados e frequentando a escola, uma oportunidade de serem inseridos no meio de experiências artísticas. “Este acesso em muitos casos não é possível pelo custo, e a nossa meta é justamente essa: democratizar esse acesso daqueles que já têm aptidão e descobrir novos talentos”, reforçou a idealizadora Petty.

Ela conta que por meio de emenda parlamentar direcionada pela deputada estadual Glaucione Rodrigues (PSDC), o projeto conseguiu contemplar maior número de beneficiários. “Com este apoio as vagas foram ampliadas e outros 150 novos sonhos poderão ser possíveis. Eu acredito muito neste trabalho e sei que estamos lançando sementes para um futuro próximo”, completou a professora.

Professor de dança Fábio Dourado, com 22 anos

Professor de dança Fábio Dourado, com 22 anos

professor cobra participação de familiares junto aos alunos

Para a moradora do bairro Liberdade Ana Paula, responsável por levar a priminha Jenifer de 7 anos para as aulas, é muito importante o envolvimento da família.

“Ela já acorda lembrando todo mundo que é dia de aula e até aprendeu olhar a hora no relógio para não deixar atrasar. Quando chega em casa passa tudo o que aprendeu para a irmã que ainda não tem idade para vir” , contou a moça, dizendo ainda que sempre a família reveza para estar acompanhando a menina nas atividades. “Todo mundo tem seus compromissos, mas lá a gente sempre fica de olho para ela não faltar”, complementou. “Eu tenho a responsabilidade de trazer minha sobrinha Letícia de 10 anos. Ela é muito esforçada e o professor disse que está indo muito bem. Mesmo com pé machucado, um dia desses ela quis vir, é apaixonada pela arte do balé”, contou Sinara Paixão do bairro Vista Alegre, reforçando que se não fosse pelo projeto, a sobrinha não teria descoberto tamanho talento. Em todas as aulas, ela acompanha a menina e aposta que ela fará carreira. Mães e pais que levam as filhas e filhos para as aulas confirmam a dedicação do professor. “Ele tem paciência e talento. Esta na profissão certa e ninguém melhor para cuidar destas crianças”, disse uma das mães.

Desinteresse

De acordo com a diretora da escola Petty, existem casos de mães e familiares que não cumprirem com os horários e com isso sacrificam as crianças. “Chego a me sensibilizar com alguns casos, vemos talento nas crianças e muita empolgação, mas não frequentam as aulas por falta de compromisso dos familiares”, chamou atenção. O professor Fábio sentiu na pele a falta da família por perto, com a mãe falecida e sem contato com o pai, ele mora com a irmã. “Nunca tive o prazer te ver na plateia durante minhas apresentações alguém da minha família me aplaudindo”, lamentou o professor, tentando mostrar o quanto é importante o apoio da família.

Por Portal SGC

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