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Rio Pardo enfrenta onda de assassinatos

Os crimes de homicídios são frequentes e moradores alegam falta de policiamento.

Publicado: 02/09/2015 às 05h30

Apenas este ano, a região que compreende o distrito de Rio Pardo, em Porto Velho, já computou o número de 15 assassinatos. A maioria desses casos relacionados a rixas pessoais e conflitos originários de questões de disputa por terras. Alguns desses crimes de homicídios são registrados e investigados pela Polícia Civil de Buritis, em função da maior proximidade para a realização de buscas. Mas também há casos específicos em que a jurisdição é destinada à polícia de Porto Velho.

O trabalhador Manoel Gomes da Silva, de 45 anos, é uma das últimas miras da violência nessa região. De acordo com informações coletadas junto à própria Polícia Militar, ele foi morto a tiros de revólver por volta das 8h de segunda-feira última, quando trafegava em uma motocicleta por uma estrada vicinal. Dois homens, conduzindo outra moto, o surpreenderam, sem oferecer qualquer chance de defesa. As suspeitas são de acerto de contas e os motivos ainda não foram totalmente revelados.

A vítima Manoel Gomes foi atingido por vários tiros quando passava por uma estrada vicinal

A vítima Manoel Gomes foi atingido por vários tiros quando passava por uma estrada vicinal

A morte do trabalhador Manoel Gomes deixou o lugarejo ainda mais tenso, considerando que os últimos meses foram de frequentes ocorrências de assassinatos. Dentre os casos de maior repercussão, está a morte do jovem Wilian Andrade Silva, de 24 anos, morto no mês de junho último, dia 7. Na ocasião, o corpo da vítima fora alvejada por vários projéteis de arma de fogo e seu corpo encontrado por populares no interior da residência em que morava. O caso ainda não foi elucidado pela polícia.
Outro assassinato considerado de grande repercussão na região ocorreu durante o mês de maio último no acampamento Rio Pardo. Na ocasião, foi morto a disparos de arma de fogo o ativista rural Paulo Justino Pereira. O caso também continua sem novidades no que diz respeito ao autor da morte da vítima. As investigações são realizadas pela Polícia Civil de Buritis. Alguns dias antes, um assassinato nas imediações da associação de camponeses do distrito chocou os moradores. A vítima, de 51 anos, não fora identificada na ocasião.

Durante o mês de abril, três homicídios contribuíram para o aumento das estatísticas da violência na região. Dentre estes, o assassinato de um conhecido topógrafo que, para os investigadores, foi vítima de um acerto de contas. Ele foi alvejado a tiros quando realizava medição topográfica em uma propriedade rural.

Falta de policiamento motiva crimes

Para os moradores da região de Rio Pardo os principais motivadores do crescimento da violência são as questões relacionadas a conflitos por terra. Outro ponto que também contribui para o crescimento do número de crimes bárbaros, no caso homicídios violentos, é a falta de policiamento. “Aqui as pessoas fazem as próprias leis. Se uma pessoa tem sua casa roubada, ou se envolve numa desavença com alguém, ela vai resolver seu problema pessoalmente. Na maioria das vezes faz uso de armas para agredir o rival. Com certeza, se houvesse policiamento, alguns casos seriam entregues para que a justiça tomasse conta. Mas, nós não temos essa força por aqui. Não temos polícia. Ela só aparece quando os crimes já aconteceram”, explica um morador.

Por Da Silva Diário da Amazônia

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