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Ji-Paraná registra 45 assassinatos, aponta relatório

O percentual de casos esclarecidos, em 2017, foi de 64,4%, de acordo com os dados.

Publicado: 10/01/2018 às 07h10

O delegado Cristiano Mattos apresentou os números com exclusividade ao Diário (Foto: J. Nogueira/Diário da Amazônia)

Quarenta e cinco pessoas foram assassinadas em Ji-Paraná, durante os 12 meses do ano de 2017. A informação foi conseguida pelo Diário ontem (9) na Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Contra a Vida (DERCCV), localizada no antigo prédio da 1ª Delegacia de Polícia Civil deste município. A especializada foi criada no final do primeiro semestre do ano passado e é comandado pelo delegado Cristiano Mattos.

De acordo com a estatística oficial, a região do Segundo Distrito da cidade foi onde mais pessoas foram assassinadas, no total de 11, enquanto que no primeiro distrito do município, foram sete assassinatos. Esses 18 casos, de acordo com Cristiano Mattos ainda se referem de homicídios registrados antes da instalação oficial da especializada. Já com a Delegacia de Homicídios em funcionando, foram mais nove vítimas fatais. Dados mostram que nos sete assassinatos na região do Primeiro Distrito, quatro deles tiveram autoria conhecida, ou seja, casos esclarecidos. O mesmo aconteceu com os 11 crimes contra a vida do segundo distrito, com quatro deles desvendados e identificados seu (s) autor (es). No geral, dos 27 casos, 19 deles, os autores (foram identificados. Ainda de acordo com o delegado, dois casos de anos anteriores, também foram elucidados.

O delegado Cristiano Mattos lembrou que com uma delegacia exclusiva para trabalhar nas investigações de assassinatos, já está sendo possível conseguir reabrir alguns inquéritos de anos anteriores. Ele citou dois casos de crimes elucidados e que as investigações reiniciaram e seus autor (es) identificados, indiciados e denunciados. “Aos poucos, estamos conseguindo melhorar a qualidade do trabalho, e consequentemente, maior aproveitamento nos resultados dessas investigações” declarou. O percentual de casos esclarecidos, em 2017, chegou aos 64,4%. Índice considerado satisfatório pela Homicídios.

Cuidados e estrutura da delegacia em ji-paraná

Um agente investigador que pediu para não ser identificado lembrou que trabalhar no esclarecimento de um assassinato não é tarefa nada fácil, como muitos pensam. Segundo ele, se faz necessário muito tempo de trabalho, dedicação, cuidado e profissionalismo para não errar, em hipótese alguma. “Nós trabalhamos com vidas. Jamais podemos denunciar alguém que não esteja comprovado a sua autoria 100%”, afirmou.

O Diário ainda apurou que a Delegacia de Homicídios de Ji-Paraná, criada em 2017, funciona no antigo prédio da 1ª Delegacia de Polícia Civil que foi transformada na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) na rua T-12, no bairro Nova Brasília, com um delegado (Cristiano Mattos), seis agentes investigadores (apenas dois para trabalhar em cada caso de assassinato), uma viatura oficial e outras duas, cauteladas pelo Poder Judiciário.

Por J. Nogueira Diário da Amazônia

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