Com o tema ‘Museu e Histórias Controversas: Dizer o Indizível em Museus’, foi lançado na manhã de ontem (15) a 15ª edição da Semana Nacional do Museu, em Cacoal. Para o lançamento, estudantes de escolas públicas foram conhecer um minimuseu na zona rural de Cacoal. No município três museus estarão disponíveis para visitação do dia 15 a 18 de maio.
A maioria dos estudantes nunca havia visitado um museu antes, e ficaram encantados com a quantidade de objetos antigos que o minimuseu de memórias da família Salles Caetano, tem no acervo. Os objetos contam a história da família e também do município de Cacoal e até do Brasil. O estudante kauê Renan Gude, de 12 anos, conta que os objetos que mais gostou são os telefones.

“Os telefones são bem diferentes, antigamente era preciso colocar o dedo em um disco para girar e então fazer a ligação, agora não. Eu não conhecia esse tipo de aparelho”, contou o garoto.

O espaço tem cerca de 1,8 mil peças. Uma das mais antigas é um jogo de porcelana de 130 anos. Muitos dos objetos expostos fazem parte da recordação da família.

“Posso dizer que 70% dos objetos que compõem nosso museu, são objetos da nossa família, pai, mãe, sogro, filhos, enfim. Os outros 30% são doações de populares e amigos, que visitam o museu, e se sentem na obrigação de contribuir com o arsenal e nós ficamos muito felizes em receber esses objetos, pois aqui eles estão bem guardados e preservados”, afirmou Cleide.
O Museu guarda vários objetos, como armas, máquinas de costura, jornais antigos, toca discos, telefones. Vê o local cheio de visitante é motivo de orgulho para Dorvindo Salles, um dos fundadores do museu.

“Esse museu é o meu orgulho, é um sonho realizado. Neste local está toda a minha família envolvida e algo que construímos e esperamos que após partirmos, nossos filhos e netos deem continuidade nessa tradição que será deixada por nós”, disse.
Além do Museu da família Salles e Caetano, outros três museus também estarão abertos à visitação nesta semana. “O museu indígena Suruí, localizado na Associação Metareilá, e o museu Paiter, na aldeia Gapgir na linha 14. Durante esses três dias, esperamos que pelo menos 1,5 mil alunos das escolas municipais, estaduais e particulares visitem os espaços”, disse o presidente da Fundação Cultural Emanuel Alves.

A semana do museu encerra no dia 18 de maio.