Uma audiência pública aconteceu na tarde de ontem (9), na Câmara Municipal de Porto Velho, para definir e inserir dentro da Lei Orgânica do Município o Táxi Compartilhado, uma nova modalidade de transporte na capital. Antes de iniciar a audiência pública houve um tumulto entre a categoria dos taxistas e da categoria dos motoristas do transporte coletivo de Porto Velho.

O alvoroço aconteceu porque as duas classes queriam ocupar o mesmo espaço. Um dos vidros que dividia o plenário dos vereadores e a galeria foi arrancado. Gritaria e empurra-empurra também ocorreu devido à grande quantidade de pessoas. A Polícia Militar (PM), que estava presente no local, conteve a situação. A categoria do transporte coletivo não concorda com a nova emenda. Após a agitação, a audiência foi adiada para a próxima sessão.

O objetivo da audiência é aprovar a nova emenda n° 123/2018, que libera a modalidade do Táxi Compartilhado em Porto Velho. Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas em Porto Velho (Sintax), Francisco Santos, conhecido como chiquinho do Sintaxi, é necessário a aprovação de dois terços do legislativo municipal, ou seja, no mínimo 14 votos dos 21 vereadores.

“O Táxi Compartilhado hoje ele veio dá algo que a população de Porto Velho jamais pensava em ter dentro do transporte. Com uma qualidade de serviço melhor. Um preço acessível que cabe no bolso de cada trabalhador. Cinco reais para sair do bairro mais distante da cidade e ir para o centro ou vice e versa”, disse Chiquinho.

A modalidade do Táxi Compartilhado está atuando na cidade de Porto Velho desde o dia 4 de dezembro de 2017. Com a instalação dos aplicativos de transporte privado urbano, os taxistas tiveram que se reinventar. “Essa foi uma forma que a categoria achou no país para tentar continuar sobrevivendo”, explicou Chiquinho, presidente do Sintax.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo do Estado de Rondônia (Sintetuperon), Francinei Oliveira, a aprovação da emenda atingirá diretamente o trabalho da categoria. “Nós somos contra a emenda dos Táxi porque vai atingir diretamente o nosso trabalho. Ninguém é contra ao Táxi Compartilhado desde que a modalidade opere pelo aplicativo e não como um coletivo, porque o que eles fazem hoje é coletivo”, contou Francinei. Todos os ônibus paralisaram na Capital na tarde de ontem por conta da realização da audiência na Câmara Municipal.