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Barqueiros comemoram passeios em Porto Velho

Garantido por decisão liminar, o passeio turístico nos barcos que operam no rio Madeira na área em frente à Estrada de Ferro..

Publicado: 04/10/2014 às 13h08
Atualizado: 28/04/2015 às 10h16

A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação em nome dos proprietários dos barcos para reverter a determinação

A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação em nome dos proprietários dos barcos para reverter a determinação

Garantido por decisão liminar, o passeio turístico nos barcos que operam no rio Madeira na área em frente à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho. Na semana passada, o juiz da 2ª Vara Federal de Rondônia, Flávio Fraga Silva suspendeu a notificação de desocupação feita pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) aos proprietários de barcos e proibiu a União de promover qualquer ato de remoção até o final do julgamento do processo.

No mês de julho, a SPU determinou que os donos de embarcações desocupassem a área sob a alegação de que o porto improvisado na margem direita do rio seria irregular. A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação em nome dos proprietários dos barcos para reverter a determinação e a liminar favorável a permanência do passeio foi concedida no mês de setembro.

Satisfeitos, os proprietários de embarcações, comemoram o retorno das atividades e das pessoas que utilizam o serviço turístico para conhecer a paisagem natural às margens do rio Madeira. Eider Pereira de Moraes, 61, marinheiro e proprietário de barco que realiza este serviço explica que os clientes buscam informações sobre o passeio, no entanto, ainda de maneira tímida. “De dois meses para cá a procura pelo passeio diminuiu muito, porque as pessoas não tinham certeza se havia barco. A notícia de suspensão prejudicou o passeio”, reclama.

Ele explica que agora, a todo vapor, os passeios estão disponíveis de terça-feira a domingo sempre que a embarcação atingir no mínimo 10 pessoas. O barco sai do porto da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré segue até a ponte construída sobre o rio Madeira e retorna pela margem esquerda até os limites da Usina Hidrelétrica Santo Antônio. “O passeio dura em média uma hora e os turistas que tiverem sorte podem fotografar o boto ou dependendo da hora ver o pôr do sol”, diz Eider.
De acordo com o proprietário da embarcação, os dias de maior movimento são aos domingos, quando são incluídos na programação, em média cinco passeios.

A partir do porto da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, três embarcações de médio porte e uma lancha realizam o passeio turístico. “Dá para viver do passeio”, garante Eider. “Além dos moradores de Porto Velho, principalmente em família, temos turistas de outras regiões do Brasil e até do exterior que apreciam o trajeto. Realmente é muito bonito”, detalha.
Mesmo que tenha caráter provisório, Eider Pereira comemora os efeitos da liminar que garante a permanência do passeio turístico. “Considero um ganho especial tanto para os trabalhadores, quanto para o povo de Porto Velho. Me sinto satisfeito em manter meu barco e poder oferecer lazer às pessoas”, enfatiza. “A SPU queria que desocupássemos a área e fôssemos para o porto do Cai n´água, sendo que faz parte de nossa cultura descer do espaço da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para passear”.

Lancha personalizada do comandante Ribeiro é uma das principais embarcações

Lancha personalizada do comandante Ribeiro é uma das principais embarcações

Lancha relata História da capital

João Ribeiro Nogueira, o comandante Ribeiro, 56, é proprietário de uma lancha que também faz o passeio turístico no rio Madeira, às margens da região central de Porto Velho há cerca de cinco anos. “É uma lancha diferente, que oferece um passeio com narrativa cultural a bordo acerca da cidade Porto Velho”, diz Nogueira.

O itinerário seguido pela lancha consta de saída pela margem direita do rio Madeira com passagem em frente ao Mercado Cultural. Na passagem, Nogueira afirma que detalha trechos da história visualizando regiões mais antigas de Porto Velho, como a área do Triângulo e Vila Candelária. “É um passeio panorâmico até as proximidades do limite de segurança da obra da Usina Santo Antônio”, explica. “Paramos em cima da cachoeira de Santo Antônio do rio Madeira e explico sua importância histórica, com o objetivo de agregar conhecimento aos turistas que optam pelo passeio”, informa.
Segundo Nogueira, o retorno do passeio é pelo leito do rio quando mostra detalhes de Porto Velho. “Chamo a atenção ao fato de nossa cidade estar crescendo e se verticalizando. Depois seguimos para a ponte que foi construída no rio Madeira e falo sobre a importância da interligação das margens”, pontua.

O passeio na lancha do comandante Ribeiro sai de terça-feira a domingo, de hora em hora, até 18h, com lotação máxima de 12 passageiros. “A liminar da Justiça representa uma vitória de Deus sobre nossas vidas, das famílias e do público turístico da cidade de Porto Velho, nacional e internacional, também, que pode continuar a utilizar nossos serviços como mais um evento a partir da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Essa vitória ofertamos como um presente para a população de Porto Velho pelos 100 anos da criação da Cidade”, finalizou.

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