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Como a internet deu abertura para tantos palpiteiros

Lembre-se, não basta ter bom senso, mas qualificação, vivência e noção para certas análises

Publicado: 06/08/2018 às 10h19
Atualizado: 14/08/2018 às 10h23

Anos atrás sentávamos na frente da TV para assistir com nossos pais, avós e tios, análises de comentaristas esportivos, políticos, econômicos, sociais e de outras áreas que nos traziam um olhar sob situações cotidianas e dicas importantíssimas para nossas vidas. Em suma, todos formados nas suas determinadas  áreas ou pelo menos especializados com graduação, pós-graduação e até mesmo, mestrado e doutorado. Tínhamos Cientistas  Políticos / Sociais, Jornalistas Esportivos, Economistas, Advogados, Nutricionistas e outros profissionais de renome que recheavam a telinha. Com a entrada da internet nos anos de 1990, a massificação das Redes Sociais nos anos 2000 e a falta de fiscalização (seja de quem tem ou não algum tipo de especialização, ou pelo menos vivência em certas áreas), a internet se tornou um “campo de batalha” de quem sabe mais que o outro, já reparou isso?

Vemos claramente no Facebook, Instagram, Twitter e outras Redes Sociais, pessoas dando dicas de nutrição, exercícios físicos e até mesmo jurídicas de como uma ação deve ser sentenciada. Além disso, análises de situações políticas, de como deve ser o futuro das eleições, de como a Polícia deve agir em sua atividade, de como uma mulher e um homem devem se vestir, de como um casal (seja ele hetero ou bissexual) deve se portar publicamente e por ai vai. Temos até mesmo, opiniões sobre não podermos discordar mais de certos posicionamentos e comportamentos que não gostamos. Ou seja, até a mídia “veladamente” está entrando no meio sem ser chamada.

Na maioria das vezes um determinado usuário (que se diz especialista), planta uma situação como se tivesse total conhecimento e bagagem para falar de tal assunto. Dali para frente os demais usuários e seguidores  começam a comentar deixando mensagens de aplausos, de ódio, como se o “protagonista” da discussão fosse um grande especialista no que fala. Não existe nem mesmo uma análise pessoal de quem é a pessoa por traz do ‘post’, como: O que ele é? O que ele estudou, ou que tipo de vivência ele tem para tal análise? As pessoas simplesmente propagam certas publicações nas Redes Sociais sem ao menos entender a história por traz de tal assunto. Apenas porque foram com a “cara” do tal “especialista de Facebook, Instagram ou Twitter”.

Ainda existem especialistas de verdade?

Com tanta liberdade de publicação na internet, fica realmente difícil encontrar pessoas que são especialistas de verdade para tais temas. Será que existe verdade, embasamento no que determinada pessoa diz? Você já parou para pensar nisso? Opinião é algo livre e todos nós temos as nossas, mas para falar de determinados temas que “soam ser mais polêmicos em nossa sociedade”, é preciso pelo menos ter entendimento ou estudo. Ouvir e ler com “afinco” é a primeira atitude que  devemos tomar antes de propagar assuntos que os outros publicam. A mídia tem transformado certos especialistas em  destacáveis “gurus”, mas mesmo assim, é preciso conhecer melhor essas pessoas que estão sempre em evidência. Ao invés de transformá-lo em um “ícone”, análise melhor se o que ele diz tem fundamento, ou se ele quer apenas muitos números de acesso e visualização em sua página. Senso crítico serve para isso, não se esqueça.

Era dos especialistas: Como a internet  deu abertura para tantos palpiteiros. Lembre-se, não basta ter bom senso, mas qualificação, vivência e noção para certas análises. Pense nisso.

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