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Daniel busca solução para pagar servidores

Com cinco salários atrasados, alternativa para a Caerd é o plano  de demissão.

Publicado: 10/04/2018 às 09h38
Atualizado: 10/04/2018 às 10h22

Governador Daniel Pereira em reunião com o superintendente de Negócios Varejo e Governo de Rondônia do Banco do Brasil, Felipe Zanella (Foto: Secom)

Com a arrecadação praticamente toda comprometida com a folha de pagamento dos servidores em dezembro, a situação da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) ficou insustentável, o que levou o governo Estadual a decretar sua liquidação.  Dos pouco mais de R$ 9,8 milhões arrecadados, cerca de R$ 7,8 eram só para a folha de pagamento. Agora o governador Daniel Pereira (PSB), que tomou posse na sexta-feira em substituição ao então governador Confúcio Moura (MDB), se mobiliza para dar solução ao pagamento dos servidores atrasado desde dezembro.

‘‘A liquidação da Caerd é um processo que demora um tempo, e nós temos uma necessidade urgente, que é o pagamento dos servidores. São pais e mães de família que estão há meses sem receber salários. E eu me coloco no lugar deles. Eu estive no sábado visitando eles e no domingo recebi uma comitiva’’, disse Daniel.

Em busca de trazer uma resposta a esta situação, na manhã de ontem o governador reuniu-se com o superintendente de Negócios Varejo e Governo de Rondônia do Banco do Brasil, Felipe Zanella; o coordenador Comercial, Fabrício Ferreira de Lima; e o diretor Administrativo e Financeiro, Luciano Walerio Lopes.

“Devido à precária situação financeira da empresa, não há essa possibilidade de emprestar o dinheiro para a Caerd fazer o pagamento, mas o Banco do Brasil está disposto a financiar um plano de demissão voluntária e indenizações que os servidores terão que passar. É lamentável para uma empresa antiga como é a Caed, mas se eu tenho uma empresa pública que não está cumprindo sua missão de forma satisfatória, vamos passar para a iniciativa privada”’, avaliou o governador.

Daniel ainda propôs à instituição bancária que participe de um esforço conjunto de melhorar a segurança pública com a doação de equipamentos para videomonitoramento e também tratou de recurso para a regularização fundiária. “Surgiu que nos créditos que o BB libera para a agricultura familiar, principalmente, estejam embutidos também recursos para a regularização fundiária”.

DIAGNÓSTICO

O governador ainda foi ontem até à Diretoria da Caerd, onde foi recebido pela presidente Iacira Azamor, que apresentou um diagnóstico da situação econômica da instituição. O levantamento aponta como era a Caerd até 2013 e as medidas que foram adotadas para minimizar os impactos negativos. A presidente apontou que na época os sistemas operacionais estavam sucateados, a inadimplência com órgãos públicos era de cerca de R$ 30 milhões, uma folha de pagamento “inchada” e havia 70% de perda no volume de produção por vazamentos, principalmente fraudes. Para esta última, foram adotadas medidas, como aquisição de equipamentos GPR para detecção de fraudes, não foram mais renovados serviços com empresas terceirizadas, reeducandos foram utilizados para serviços de campo, apuração do alto custo da folha de pagamento, tomada de contas sobre valores não cobrados e prescritos de inadimplência de órgãos públicos.

Mesmo assim a arrecadação da Caerd caiu de cerca de R$ 131 milhões para pouco mais de R$ 114 milhões em 2017.

ALERTA SOBRE USO DA MÁQUINA NAS ELEIÇÕES DESTE ANO

Como primeira missão dada aos novos dirigentes do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), Luís Carlos de Souza Pinto, o Katatal (diretor-geral) e Eduardo Damião (adjunto), o governador Daniel Pereira sugeriu que seja realizada reunião para definir um planejamento de trabalho com prioridades para os próximos oito meses de gestão. Ele ainda  pediu atenção com as máquinas e equipamentos públicos para que não sejam utilizados indevidamente neste ano de eleições.

“É preciso um planejamento de cada residência, e isso tem de ser tornado público. A razão de ser de um Estado são suas vias. Temos de cuidar delas, e este é um ano eleitoral, sabe-se que dá vontade de mudar um plano, arrumar aqui e acolá. Não quero confusão com máquinas e equipamentos nossos desviados da função que não seja a de atender à população de forma ordenada, estabelecida,” sublinhou.

A responsabilidade de administração e de gestão da autarquia é de Luís Carlos Pinto, e ao engenheiro Eduardo Damião o governador delegou a competência de cuidar do planejamento com residentes das obras, com prioridade para atender aos municípios de Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari, Porto Velho (e distritos), além de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.

Daniel Pereira considera que estas regiões precisam de maior atenção do Estado por apresentarem taxas de desenvolvimento e indicadores sociais inferiores aos de Ariquemes para a direção da 364 até Vilhena.

“Vamos passar apenas 8 meses trabalhando juntos. Espero que sejam muito intensos e que valha a pena viver este tempo com vocês”, reforçou.

Por Redação Diário da Amazônia

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