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Família de Sec. de Comunicação de Vilhena na mira da Justiça

O escândalo não é recente, mas começa a preocupar por conta de que dois envolvidos já foram condenados pelo juiz Dr. Adriano Toldo.

Publicado: 11/04/2018 às 20h48

Os integrantes das famílias Labajos, Garate e Gauto estão na mira da justiça de Vilhena por conta de uma ação que corre em segredo de justiça e apura o desvio de cerca de R$ 680 mil reais da secretaria de comunicação.

O escândalo não é recente, mas começa a preocupar por conta de que dois envolvidos já foram condenados pelo juiz Dr. Adriano Toldo.

Um deles é o ex-prefeito de Vilhena José Luiz Rover, que nesta ação foi condenado há 55 anos de prisão, o outro é o ex-secretário de comunicação José Serafim, condenado há 88 anos.

Segundo o Ministério Público, algumas empresas de comunicação de Vilhena receberam a quantia citada como forma de propina para não divulgar matérias jornalísticas que abalassem a imagem do então prefeito Zé Rover.

O pagamento era feito através de notas frias com empresas de publicidade dando conta de que os veículos de Comunicação denunciados prestavam serviço de divulgação de informativos publicitários, fato que segundo o MP nunca ocorreu.

O esquema foi descoberto depois que o empresário Afonso Lochs, dono na época de uma agencia de publicidade continuou a emitir notas mesmo depois de sua morte.

A partir daí começou a investigação que apurou que com o aval do ex-secretário, servidores da SEMCOM falsificavam assinaturas na intenção de dar veracidade as notas.

O site extra de Rondônia de propriedade de Orlando Caro Labajos e seu irmão, Esteban Vera Labajos recebeu a maior parte do dinheiro segundo as investigações. Vale lembrar que Esteban hoje não é mais dono do site no papel, mas mantém relações diretas com todo o conteúdo publicado, além de ser o atual secretário de comunicação, o que soa no mínimo estranho já que os documentos da gestão anterior que podem comprovar sua culpa hoje são guardados por ele.

Orlando Caro Labajos já cumpriu condenação de inelegibilidade pelo mesmo crime em Cerejeiras, tendo ficado impedido de contratar com o poder público por três anos.

Além de Orlando e Esteban, o jornalista Osias Labajos proprietário do site Folha de Vilhena também é réu no mesmo caso, Osias teve a mesma condenação que o sobrinho Orlando. Outro fato que vale lembrar é que Osias já cumpriu pena por extorsão no presidio Urso Branco em Porto Velho.

O filho de Osias, o jornalista Osias Hernan Labajos Lagos é proprietário do site Rondônia em Pauta e é um dos denunciados na mesma ação.

Nesta ação também são réus a esposa de Orlando, Eliane Araújo e o Jornalista Fábio Camilo, além de outros membros da imprensa local.

Tendo em vista que as penas de José Luiz Rover e José Serafim que eram os financiadores do esquema ultrapassou 130 anos de prisão não se espera decisão branda do magistrado com relação aos recebedores do dinheiro ilegal.

A mesma família voltou a ser o centro das atenções esta semana depois de uma denúncia na imprensa local afirmando que os Labajos, Garate e Gauto dão mais de 35 mil reais por mês de gasto para o município de Vilhena apenas em cargos.

A denúncia aponta o secretário de comunicação que é ex-dono e irmão do dono site extra de Rondônia. Esteban recebe um salário de R$ 7.900,00 mensais.

Sua adjunta e prima Nataly Greicy Ruiz Labajos recebe R$ 4.500,00. Além do alto salário, Nataly estaria em desacordo com o artigo 101 da lei orgânica do município que diz que secretários municipais devem ser maiores de 21 anos, ela tem 19.

Na sequência aparece o médico veterinário Fabiano Cremonini que é genro de Osias Labajos, dono do site Folha de Vilhena. Fabiano é lotado na secretaria de agricultura como assessor executivo e tem um salário de R$ 4.500,00.

A esposa de Fabiano, a jornalista Jessica Labajos é lotada na Assembleia Legislativa e recebe R$ 2 mil reais por mês. Osias Labajos é pai de Jessica e está lotado na ALE-RO com um salário de R$ 3 mil mensais, além da esposa dele Sara Rengifo que recebe R$ 2 mil por mês.

Voltando à Vilhena, o Jornalista Osias Hernan Labajos, filho de Osias é assessor de comunicação da câmara e recebe um salário de R$ 3.700,00. Além destes tem a esposa de Esteban Vera. A professora Gercina Rocha Vieira Labajos é concursada e tem um salário de cerca de R$ 2.700,00, porém somadas as gratificações o salário de Gercina quase alcança R$ 4 mil.

Na secretaria de planejamento tem Letícia Lara Gauto que é assessora executiva com um salário de R$ 4.500,00. E por fim o servidor Polidoro Labajos garante lotado na secretaria de esportes recebendo R$ 1.600,00 mensais.

Todos os casos aqui citados são de parentes diretos e os dados podem ser comprovados no site da prefeitura de Vilhena. Vale ressaltar que com exceção de Gercina que é concursada, todos os outros são cargos comissionados.

Existem denúncias de que mais membros da família estão em cargos comissionados nas prefeituras de Pimenteiras do Oeste, Cerejeiras e Colorado do Oeste, porém estes não foram confirmados pela reportagem, bem como os casos de cargos comissionados no governo do estado, DNIT e DER.

Fazendo a somatória de tudo que a máquina pública de Rondônia gasta, seja em câmaras municipais, prefeituras, governo, assembleia e autarquias o montante até agora chega a incríveis R$ 43.700,00 por mês, perfazendo um total de R$ 611.800,00 por ano se contarmos com 13º salário e férias dos citados.

Frisando que são membros da mesma família com ligação direta de parentesco entre si e donos de vários sites de notícias na região do Cone Sul.

Por Redação DIÁRIO DA AMAZÔNIA

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