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Governo ameaça aumentar impostos

Déficit primário é o resultado negativo sem considerar os gastos com juros da dívida pública.

Publicado: 08/03/2017 às 05h40

O Governo Federal poderá cortar gastos e aumentar impostos, se for preciso, para conseguir cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano. A afirmação é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista coletiva, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ontem (7), em Brasília.

O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo sem considerar os gastos com juros da dívida pública.
“Nosso compromisso é cumprir a meta de 2017 e faremos o que for necessário, seja contingenciar despesas e, no limite, aumentar impostos”, disse. Meirelles descartou a possibilidade de alterar a meta deste ano. “Mantemos a meta e o compromisso com o resultado primário de 2017”, enfatizou.

O ministro disse que a queda da economia em 2016 é a pior crise que o Brasil já viveu, gerada por queda da confiança e “crescimento muito grande do tamanho do governo”.

Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 3,6% em 2016.

“Isso não foi construído em pouco tempo. Foi-se construindo em anos em que a economia perdeu o grau de confiança”, destacou.

Ainda segundo o ministro da Fazenda, o endividamento das empresas diminuiu no segundo semestre do ano passado, o que permitirá a volta dos investimentos e o crescimento. Ele citou ainda que as famílias também estão reduzindo o endividamento.

Meirelles afirmou que, depois da recessão, o crescimento deste ano pode parecer pequeno. Isso porque para calcular o PIB deste ano será feita a comparação com a média de 2016. Mas, segundo o ministro, a tendência é que, ao longo dos meses, a economia vá crescendo. Ela deve encerrar o quarto trimestre com expansão de 2,4% (na comparação com o mesmo período de 2016).

Por Agência Brasil

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