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Plutão: por que ele é tão temido?

Quando falamos em Plutão, algo estranho acontece em nossos corações, em nosso inconsciente, uma espécie de temor, desconfiança e..

Publicado: 24/09/2019 às 11h51

Quando falamos em Plutão, algo estranho acontece em nossos corações, em nosso inconsciente, uma espécie de temor, desconfiança e respeito profundo é rapidamente desencadeado dentro de nós. Plutão é um deus ou planeta que exige esse respeito e, mesmo aqueles que não conhecem suas potencialidades, sentem uma certa energia, um estranhamento, como se algo sutil atravessasse seu corpo, sua mente, seu coração.

Plutão é aquele planeta que o ser humano decidiu chamar de anão, planeta anão, pelo seu tamanho, mas certamente não por sua potência energética, pois essa é conhecida, especialmente pelos amantes e estudiosos da astrologia.

Plutão é Hades, o deus dos infernos na mitologia. No meu parecer, o mais poderoso de todos os deuses. Plutão nos remete ao mais profundo de nós, ao nosso inferno pessoal. Quem tem Plutão proeminente no mapa, ou seja, em aspectos com os planetas pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte) ou em casas de água (4, 8 e 12), sabe o que eu quero dizer com viagem ao inferno pessoal.

Plutão é regente de Escorpião e, como tal, não gosta de nuances, com ele é preto no branco. E quando ele toca algum aspecto poderoso em nosso mapa, não temos saída, a não ser aceitar as mudanças que chegam junto com ele. Quase nunca essas mudanças são fáceis de aceitar, pois Plutão, é planeta de destino e está diretamente envolvido na manutenção de nosso carma, nosso caminho de vida, aquilo que está escrito.

Plutão pede entrega, humildade. A arrogância é sua pior inimiga. Ele chega e nos obriga a ajoelhar e se não fizermos isso por bem, ele nos atira ao chão, sem dó nem piedade. Costumo dizer que Plutão está diretamente ligado com aquele trecho do Pai Nosso que diz: “Seja feita a Vossa vontade”. O que ele quer é que aceitemos que existe um poder, uma força acima de nós e que, em certos momentos de nossas vidas, nosso arbítrio cai por terra; não somos mais donos de nós mesmos e não temos escolha, a não ser aceitar.

Quando esse momento chega, o da aceitação e entrega, e esse momento chega, normalmente, quando estamos arrebentados de tanto apanhar da vida, o milagre começa a acontecer. Plutão quer dizer “o dispensador de riquezas” e com ele, receberemos e viveremos as maiores riquezas e ganhos que nosso destino nos promete. Quando deixamos nossa arrogância humana de lado, quando nossa consciência mais profunda aflora, quando percebemos que nossa tarefa é interna, Plutão nos presenteia com tudo o que merecemos e um pouco mais. Toda riqueza escondida nos recônditos dos oceanos de nossas almas, aflora, vem à tona e percebemos o melhor em nós. Crescemos, evoluímos, damos um passo à frente em nosso processo evolutivo.

É por isso que Plutão é tão temido, porque com ele, não existe meio termo, não existe mais ou menos, é tudo ou nada. A escolha entre nos entregarmos a uma força maior, ao nosso destino, que podemos chamar de Deus ou inconsciente, esta, sim, está em nossas mãos. Mas infelizmente, essa escolha só fazemos quando não temos mais forças para lutar contra a maré, infelizmente, nosso ego menor não permite, a não ser quando ele é estraçalhado por essa força.

Quando isso acontece, sentimos uma estranheza gostosa, algo que nunca experimentamos antes de Plutão tocar nossas vidas. Sentimos que cumprimos com mais um pedaço de nosso carma, que demos mais alguns passos na nossa estrada, que estamos no caminho certo. E esse sentimento nos traz uma paz nunca vivida antes de conhecermos a força desse deus.

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