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Polícia Federal investiga possível fraude na Semed

A informação é de que parte do dinheiro do Fundeb pagava servidores comissionados.

Publicado: 31/07/2015 às 11h30

Carlos Arrigo disse que não está sabendo das investigações. Ele nega irregularidades (Foto: Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia)

Carlos Arrigo disse que não está sabendo das investigações. Ele nega irregularidades (Foto: Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia)

A Polícia Federal (PF) vem conduzindo uma investigação sobre possível fraude na Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo a denúncia feita diretamente na superintendência da PF na capital, Porto Velho, no começo de junho deste ano, parte do dinheiro destinado ao município pelo Governo Federal oriundo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) estava sendo utilizado para pagamento de servidores comissionados que prestam serviços ao Poder Executivo. Na manhã de quinta-feira, 30, a presidente do Conselho do Fundeb em Vilhena, Ivanilda Pinheiro de Godoy Vargas prestou depoimento na Delegacia de Polícia Federal, mas não passou muitas informação à imprensa. Disse apenas que as investigações estão no início e haverá outras etapas até ser finalizada. Ela disse que o conselho do Fundeb constatou evidências de irregularidades no emprego do recurso ainda no ano passado e notificou a Semed quanto às possíveis irregularidades.

O titular da pasta, José Carlos Arrigo, está em Guajará-Mirim, e não foi encontrado pra falar sobre o assunto. À imprensa local, no entanto, o secretário municipal relatou que não tomou conhecimento da investigação e ainda não fora intimado pela PF para falar acerca do assunto. Arrigo disse que não há irregularidades no emprego do recurso, e toda a confusão vem sendo gerada por má interpretação da lei.

Arrigo confirmou que a pasta recebeu a notificação do conselho e por conta disso deixou de utilizar o recurso do Fundeb para custear despesa com salários de comissionados. O valor é de aproximadamente R$ 200 mil. O secretário de educação chegou a negar que a Polícia Federal esteja investigando a Semed, fato que fora desmentido pela própria presidente do conselho do Fundeb no município. Arrigo disse que esse dinheiro não utilizado foi devolvido ao Governo Federal, e que todos os relatórios com gastos do Fundeb são encaminhados ao Tribunal de Contas para análise

DEPOIMENTOS

Os salários, segundo o secretário foram pagos com recursos de outros fundos, exceto do Fundeb. Alguns servidores da Semed já foram intimados pela polícia para falar sobre o assunto, que permanece em sigilo por parte dos federais. Nos bastidores da polícia local, cogita-se que essa denúncia tem ramificação no rompimento entre o vice-prefeito, Jacier Dias (PSC) e o prefeito Zé Rover (PP).

Por Rômulo Azevedo Diário da Amazônia

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