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Registro feito em cartório prova existência de e-mail

Já presa, a delatora Mônica Moura orientou o registro do e-mail Ata Notarial.

Publicado: 14/05/2017 às 05h40

E-mail criado por Mônica Moura para se comunicar com Dilma foi registrado em cartório

A empresária Mônica Moura entregou ao Ministério Público Federal o registro com as imagens do e-mail que usou para trocar mensagens com a ex-presidente Dilma Rousseff, conforme revelou em depoimento sob acordo de delação premiada, na Operação Lava Jato. Ela criou no computador da presidente uma conta de e-mail com nome e dados fictícios, segundo seu relato, com senha compartilhada entre as duas e o ex-assessor de Dilma, Giles Azevedo. As fotografias estão em uma Ata Notarial lavrada em 13 de julho de 2016 no 1º Tabelionato Giovannetti em Curitiba.

A solicitação do registro das imagens foi feita, segundo o documento, por Felipe Pedrotti Cadori. Na Ata Notarial, o funcionário do Tabelionato afirma que ‘às 15 horas e 14 minutos, acessei o sítio “http://www.gmail.com”, e, após o solicitante efetuar login com usuário e senha, acessei referido e-mail, registrando a rotina sugerida na forma a seguir, do que dou fé’.
Do documento constam três imagens. Em uma delas, há um rascunho de e-mail “[email protected]” com uma mensagem de ‘22 de fev’: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

Em entrevista ao programa “Bastidores do Poder”, da rádio Bandeirantes, na última sexta-feira (12), o ex-ministro da Justiça do governo Dilma José Eduardo Cardozo, que se encontra em Londres, tentou desqualificar a história sobre o e-mail. “Se isso fosse verdade, Mônica o teria fotografado e não apenas copiado para um arquivo do Word.

A delatora fez mais que isso. Já presa, orientou o registro do e-mail Ata Notarial, no cartório, onde ele foi acessado e atestado. Ela também declarou em papel assinado de próprio punho e entregue à Procuradoria-Geral da República que a senha de acesso ao e-mail ‘2606iolanda’ era ‘iolanda47.

Segundo ela, foi Dilma quem sugeriu o nome “Iolanda” em alusão à mulher do ex-presidente Costa e Silva – um dos generais da ditadura. Ainda segundo a delatora, 47 é o ano de nascimento da petista.

Marqueteira revela como “vazavam” as informações

Os vídeos dos depoimentos do publicitário João Santana e de sua esposa Mônica Moura, marqueteiros do PT, foram liberados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as revelações são extremamente comprometedoras para a ex-presidente cassada Dilma Rousseff e de José Eduardo Cardozo. Segundo relatos da marqueteira, a petista confirmou que recebia informações privilegiadas sobre o avanço das investigações da Lava Jato diretamente de Cardozo, então ministro da Justiça.

No segundo vídeo, Mônica explica como era custeada uma série de favores a Dilma como o cabeleireiro Celso Kamura, que tinha as viagens e serviços prestados pagos pelo casal de marqueteiros como uma forma de investimento na cliente ilustre.
O casal é investigado pela Operação Lava Jato, suspeitos de receber caixa 2 nas campanhas presidenciais.

O sigilo foi retirado na última quinta-feira (11) pelo ministro Edson Fachin, ministro relator da Lava Jato no STF.

Depósito

Mônica Moura pode ter documentado o envolvimento da ex-presidente Dilma Rousseff no esquema criminoso de utilização de recursos do caixa 2. Ela revelou que durante a campanha de reeleição, em 2014, foi solicitada a ressarcir uma funcionária do Palácio Alvorada, Marly Ponce Branco, que havia pago R$ 6 mil pelos serviços de Celso Kamura, cabelereiro de Dilma. Pagamento foi feito mediante depósito bancário.

As autoridades terão facilidade de comprovar se a acusação de Moura é verdadeira. Comprovante de depósito bancário é prova contundente.

Pagar despesas pessoais de Dilma com dinheiro oriundo da corrupção é a acusação mais grave que pesa contra a ex-presidente.
Ao ouvir a informação preciosa de Mônica Moura, uma procuradora que a interrogava não se conteve e exclamou: “ótimo!”
Marly Ponce Branco era assessora especial de Dilma desde os tempos em que ela foi ministra da Casa Civil. Cuidava até das roupas de Dilma.

 

Por Diário do poder

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