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Roubos crescem no centro comercial

Furtos e roubos no comércio acontecem por motivação das próprias vítimas.

Publicado: 05/11/2015 às 05h35

Delegado Paulo Kakiones, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho, explica o avanço da criminalidade

Delegado Paulo Kakiones, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho, explica o avanço da criminalidade

A aproximação com a chegada do período de final de ano e aceleração nas movimentações comerciais, principalmente na região central de Porto Velho, onde se concentram os maiores volumes de negócios, levanta uma preocupação habitual e de época. São os crimes de média complexidade contra o patrimônio. Roubos, furtos e estelionatos são os mais comuns e, associados a outras ocorrências de características diversas, elevam a média diária para dez (10) registros junto à 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital.

Entrevistado pelo Diário da Amazônia, o delegado Paulo Kakiones, titular do 1º DP, destaca sobre a problemática desse amontoado de crimes que sobrecarrega o setor de investigação. Segundo ele, anualmente são registrados junto à delegacia cerca de 13 mil ocorrências, incluindo todos os tipos e casos. “A nossa área de jurisdição é bastante densa e muito movimentada. Por se tratar do setor comercial, o centro da cidade já é por si um emaranhado que comporta muitas categorias de crimes”, explica.

O delegado Paulo Kakiones fez destaque especial a algumas práticas que podem ser inibidas a partir de um cuidado maior por parte da própria vítima. Ele explica que a maioria dos furtos e roubos a veículos automotores acontece por motivação das próprias vítimas. “As pessoas precisam parar de deixar pertences no interior de veículos. Isso é um motivador a mais. Quando um marginal passa e constata algo que lhe interessa, automaticamente ele pensa em fazer o furto. Assim, quebra vidros de carros, arromba portas e executa sua ação”, explica Kakiones.

Sobre as práticas mais comuns na região central de Porto Velho, o delegado enumerou alguns tipos de crimes que sempre preocupam sua equipe de investigadores. São os estelionatos. Ele explica que alguns golpistas ainda realizam as mesmas práticas e as pessoas ainda caem. “Dois homens estão numa fila de banco. O primeiro tem dinheiro para depositar e, o segundo, tem um cheque no valor de R$ 200,00. O primeiro diz ao segundo que vai ajuda-lo, que ele não precisa ficar na fila. Pois, lhe passa os R$ 200,00 e fica com seu cheque. Assim é feito. O problema é se trata de um estelionatário que, em momento posterior, adultera o cheque e realiza um saque no valor de R$ 2.000,00. Esse tipo de golpe ainda acontece hoje em dia”, afirma o delegado.

Paulo Kakiones também explica que há crimes infindáveis na região central da cidade. Além disso, outros problemas de características bem específicas acabam desabrochando na área. Muitas pessoas que moram pelas ruas estão ali com todos os seus problemas. São viciados em drogas, alcoólatras, dentre outros, que contribuem para que o volume de fatores associados aos crimes cresça ainda mais. E para exemplificar, o delegado cita o crime mais recente. Trata-se do caso de um jovem que foi morto por uma mulher após um desentendimento. Viciados e moradores de ruas, os dois foram às vias de fato. Uma constatação recente dá conta que os moradores de rua, viciados em drogas e álcool, estão mais numerosos que durante o mesmo período do ano passado.

O jovem Anderson Pereira foi morto com uma facada no coração após discussão

O jovem Anderson Pereira foi morto com uma facada no coração após discussão

Brigas entre viciados são frequentes 

O jovem morador de rua Anderson Pereira dos Santos, 27 anos de idade, foi morto com uma facada no coração quando se encontrava nas adjacências do Mercado Central de Porto Velho, cruzamento das ruas Henrique Dias com Euclides da Cunha, por volta das 8h de terça-feira última. A acusada confessa de ter praticado crime foi identificada como Elizângela Cristina, 37 anos.

De acordo com as informações sobre o ocorrido, vítima e infratora tiveram um desentendimento por motivos banais e, após Anderson aplicar desferir um golpe em Elizângela, fazendo uso de uma barra de ferro, esta revidou, desferindo um golpe de faca sobre o coração deste. Antes que pudesse fugir, a mulher foi neutralizada e recolhida por agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde o inquérito do caso foi instaurado e será concluído.

Ao ser submetida a interrogatório, Elizângela contou sua versão dos fatos. Segundo ela, não teve a intenção de matar Anderson.

Elizângela Cristina foi presa e autuada em flagrante

Elizângela Cristina foi presa e autuada em flagrante

Ela diz que ao ser golpeada com a barra de ferro, se defendeu furando a vítima com uma pequena faca que utilizava para cortar manga.

Pessoas que passam pelo centro correm perigo

Trabalhadores e populares que cercavam o corpo da vítima, quando ainda estava no local do crime, comentavam sobre o ocorrido externando a preocupação com a falta de segurança no local. De acordo com as declarações, brigas entre moradores de rua tem sido comuns no local e as pessoas que passam pelos locais correm risco de sofrer agressões. A morte de Anderson também revela outro fator preocupante e que diz respeito à desestrutura familiar. A vítima vivia na rua acompanhada de outros dois irmãos que também são dependentes de drogas e alcoólatras.

Por Da Silva Diário da Amazônia

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