FRASE DO DIA:
“A coragem é uma qualidade que costuma faltar exatamente no momento em que os valentes estão mais apavorados.” – Jornalista Josias de Souza
1-Arroubo de noviços
Ainda empolgados pelos reclamos ouvidos nas ruas durante a campanha e tocados na alma por um sentimento de que algo precisaria ser feito, 27 senadores novos e velhos, agudos e crônicos assinaram um requerimento para investigar o STF via CPI. E houve quem acreditasse. Demorou só o fim de semana e mirrou. Jereissati, Eduardo Gomes e Kátia Abreu retiraram as assinaturas. “Tá dominado, tá tudo dominado…”
2-Seleção cultural
A Petrobras anunciou que irá manter contratos de patrocínios ao cinema e teatro mas apenas para os existentes. O plano da estatal é concentrar sua verba para a educação infantil, ciência e tecnologia. Dois detalhes: os patrocínios ao Teatro Municipal e MAM do Rio e à Orquestra Petrobras Sinfônica permanecerão como se encontram e outros patrocínios à cultura popular em especial àqueles em comunidades próximas às áreas de operação da Petrobras receberão o incentivo estatal. Isso vai dar uma chiadeira…
3-Fechando o cerco
Vem aí uma barafunda internacional com grana grossa. Um projeto de lei 10.431 para bloquear recursos e bens de organizações terroristas mundiais. A proposta decorre de resolução do Conselho de Segurança da ONU e do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo (Gafi/Fatf), ligado ao G-20. Para defender a causa, Moro e Guedes. Para confrontar, o PT e com o argumento de que movimentos sociais podem ser enquadrados. Isso vai dar um bafafá medonho.
4-Pagando “gatilhos” com vidas.
A tragédia de Brumadinho teria sido evitada se a Vale tivesse se debruçado sobre um estudo apresentado no ano passado dando ciência de que a barragem tinha risco muito alto de colapso por ruptura da barreira. Por outro lado o Flamengo que lamenta a perda do lucro que teria com seus meninos e a perda de credibilidade não atendeu indicações da Prefeitura e Corpo de Bombeiros que negaram a manutenção daquele fogão usado como alojamento para crianças. É o improviso pago com vidas.
5-Agências de faz de conta
Quando o Brasil iniciou uma série de privatizações na era FHC o governo descobriu que precisava de ferramentas para equilibrar o poder das empresas que iriam atender o público. As agências reguladoras eram soluções testadas no mundo e o caminho foi aberto mas no país do faz de conta, as agências – todas – se transformaram nas atuais agências. Aparelhadas por políticos e desaparelhadas para fiscalização. Uma tragédia.