FRASE DO DIA:

“Se não fizermos mudanças nas regras, o sistema não se sustenta”. – Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência Social vendendo seu peixe.

1-Roupa suja e mal lavada

Há muito tempo a Veja não vazava áudios, como fazia nas investigações da Lavajato, quando prodigalizava degravações que pinçadas ao gosto do freguês sustentavam os argumentos de lado a lado. Era leitura compulsória. O atual vazamento de áudios de Bebianno e Bolsonaro lavando e mal a roupa suja, revela o Bolsonaro muito capitão e pouco presidente, numa briga nada republicana. A velha política está viva e forte nesta que se diz “nova política” e a presidência está longe de ter um estadista no comando.     

2-Ajustando fala e pacote

“…a corrupção para financiamento de campanha é pior que para enriquecimento ilícito. …se utilizo para ganhar eleição, para trapacear uma eleição, é terrível,” disse Moro em 2017. Ontem Moro levou o pacote anticorrupção em três embrulhos e um deles tratava do caixa dois numa abordagem técnica, mas bem longe de sua fala em abril de 2017.

Constrangedor. Com o juiz-ministro Moro estava seu colega Lorenzoni da Casa Civil, praticante confesso do uso de caixa dois. Aí o próprio Moro disse que houve pressão para mudar, o que claro, dá fôlego à velha política. E se até o Moro muda, é a treva!

3-Toda mudança será negociada

Bolsonaro levou o esboço da reforma da previdência ao presidente Rodrigo Maia hoje cedo para ser eviscerado, discutido e fatiado pelo Congresso. Vai passar, mas “se o governo quer rir, tem que fazer rir” e a cócegas ficam por conta do Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia. ÉW o toma-la-dá-cá que volta e os “cocegadores” avisaram ao governo para abrir abra a caderneta de fiado na bodega, ou seja, para mudar o Brasil retrocede e age por debaixo dos panos, onde toda mudança é paga e toda nudez, castigada.

4-Por falar em laranjal…

A “tchurma do primário mal feito” também conhecida como “bancada da chupeta” está de volta. Hoje parte dos alunos numa versão malfeita e copiada da famosa Confraria do Garoto do Rio de Janeiro “se soltou” no salão verde com bandejas, laranjas e entre risos com esta criativa pergunta: “hoje tem laranjada?” Detalhe: são todos deputados federais em pleno exercício do mandato e alguns reeleitos. Vá entender o eleitorado…

5-Gente como a gente

Falta muito para que os políticos vivam uma vida como a nossa. Gente comum que usa o SUS e que principalmente aposenta aos 65 anos de idade. Há algo de novo no ar. Nada de paletó, gravata e futuro garantido. Com a reforma da previdência extingue-se o regime atual de aposentadoria e eles viverão pelas regras dos trabalhadores privados. Tão igual quanto em praia de nudismo. Ou como na foto ai em cima.