“O Brasil perdeu a grande onda da globalização e inovação”

Frase do dia

“A selva nos une e a Amazônia nos pertence!”– Hamilton Mourão vice presidente da República e coordenador do recém criado Conselho da Amazônia. 

1-A fumaça que oblitera

Kant definiu a arte como a manifestação que produz a “satisfação desinteressada”. Aristóteles viu a arte como imitação da realidade. O mundo e a sociedade mudaram, os conceitos idem e se as manifestações artísticas perderam algo de filosofia e romantismo, os artistas ganharam algo de ideologia que pode ou não transparecer no produto artístico. Marcelo D2 é um artista popular que cabe neste caso. Ontem ele sugeriu uma suástica na testa dos fdp (sic) de direita, justo após o caso do Alvim, que enaltecia a arte nazista. Dois imbecis: um em um cargo público e o outro como ideólogo da arte engajada. “Imbecil não tem tédio” – Stanislaw Ponte Preta! 

2-Grana gringa

A privatização de estatais brasileiras é um dos motivos para a melhoria do ranking do país nos destinos de investimentos estrangeiros no mundo em 2019. Diz o relatório da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento-Unctad, o Brasil pulou de US$ 60 bilhões em 2018 para US$ 75 bilhões em investimentos externos em 2019 perdendo apenas para os EUA, China e Cingapura. A Unctad cita ainda os projetos relacionados ao meio ambiente como fatores que ajudarão a elevar os investimentos estrangeiros no Brasil neste ano. Traduzindo, o incêndio da floresta foi absorvido no exterior e as lições foram aprendidas pelo Brasil. E bola pra frente. 

3-Conversa de gente grande 

Paulo Guedes levou a Davos observações que fazem pensar. A primeira explica o mito do país do futuro e dói em nós: “O Brasil perdeu a grande onda da globalização e inovação”. A outra não foi lamento de perdedor pobre, mas a verdade miserável esfregada num salão de ricos: “O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer” e aí doeu neles. E Guedes ficou enorme ao afirmar que o Brasil irá aderir ao acordo internacional de compras governamentais dando tratamento igualitário a estrangeiros que queiram participar de licitações e concorrências públicas, se houver reciprocidade. Gostei!  

4-Amazônia integrada

O presidente Bolsonaro criou o Conselho da Amazônia, que será coordenado por seu vice Hamilton Mourão e que usará a estrutura da Vice-presidência da República. Ao conselho cabe coordenar ações dos ministérios para proteger, defender e desenvolver de forma sustentável a Amazônia. “Dentre outras medidas determinadas está também a criação da Força Nacional Ambiental, à semelhança da Força Nacional de Segurança Pública, voltada à proteção do meio ambiente da Amazônia”, acrescenta o presidente. É provável que a criação do Conselho tenha surgido ou tratado com o General Villas Boas nas recentes visitas que fez o Bolsonaro. 

5-Vazajato na mira da justiça

O MPF por seu procurador Wellington Divino de Oliveira, denunciou Glenn Greenwald além de seis pessoas pela invasão de celulares de autoridades tendo auxiliado, incentivado e orientado o grupo durante as invasões. Aí a porca torce o rabo ou vice-versa: a denúncia atropela a liminar do Gilmar Mendes que vetou “atos que visem à responsabilização do jornalista Glenn Greenwald pela recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia, ante a proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística”. O procurador diz que “a decisão criou uma espécie de imunidade especial e material jure et de jure, uma presunção absoluta de inocência, garantindo um “salvo conduto” ao réu de ser investigado” e em caixa alta afirma que “não houve investigação. Não se descumpriu a decisão”. Armaria é pau puro…

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