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Publicado: 21/05/2019 às 08h59min
A situação política do país não vai bem e o reflexo está na 12ª redução da estimativa de crescimento para este ano. A projeção do PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 1,45% para 1,24% causando mais frustração no mercado interno. Com a instabilidade política, os investimentos estrangeiros tendem a diminuir e o reflexo é imediato. A retração pode comprometer o crescimento do país, gerando outros reflexos como o aumento da inflação e do desemprego.
As reformas anunciadas pelo governo, as repercussões negativas das declarações do presidente nas redes sociais, e os tropeços dos filhos do presidente, vem provocando burburinhos que enfraquecem politicamente o governo. O termômetro dessa instabilidade pode ser vista na queda da popularidade do presidente.
O boletim Focus, divulgado nas segundas-feiras para pautar o mercado financeiro, também demonstrou ontem (20), a elevação da inflação anual de 4,04% para 4,07%. A meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) era de até 4,25% para o ano e estando no quinto mês a marca já aproxima do limite previsto. Se continuar nessa aceleração a inflação pode chegar à tolerância prevista para 5,75% para 2019.
Esses números significam impactos consideráveis em todos os segmentos econômicos e financeiros. A retração econômica é visível e os investidores estrangeiros estão cada vez mais inseguros com o destino do país. A China (importante parceiro econômico do Brasil) deu voz de credibilidade e anunciou que deve manter relações comerciais, porem já antecipou algumas negociações importantes com o rival Estados Unidos, principalmente com a comercialização da soja.
O Tesouro Nacional deve usar os truques econômicos para conter a taxa Selic, através da intervenção do Banco Central. Esse tipo de medida promove redução dos juros básicos levando a diminuir os custos de créditos. De outro lado ajudaria o crescimento da produção e do consumo.
Entender as movimentações econômicas não é fácil. No geral, basta o assombro de saber que a instabilidade pode agravar, com maior incerteza no mercado. Para o cidadão que está na ponta, e que sempre paga a conta final, significa conter os impulsos e evitar endividamento. Isso é fundamental em tempos de incertezas.
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