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Editorial

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Publicado: 27/06/2019 às 09h02min

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Água e esgoto: as obras que foram para o ralo

O atraso de obras de infraestrutura para ampliação das redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Porto Velho é..

O atraso de obras de infraestrutura para ampliação das redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Porto Velho é reflexo de encrencas políticas. Quando o município recebeu recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para executar essas obras, houve uma pendenga política e alguém fez denúncia de possível malversação de recursos. O negócio colou, esticou e travou. Parou tudo! As consequências foram Porto Velho sem os benefícios.

De tanto vai e volta; o dinheiro já deve ter perdido o valor. O que daria para fazer a expansão das redes de água tratada para 100% da população, já não cobre mais os orçamentos das obras. O esgotamento sanitário seria na época o equivalente para atender 80% da população. Mesmo que os recursos fossem corrigidos, a cidade cresceu e já não dá mais para fazer tudo que precisaria.

O negócio travou de maneira que ficou difícil caminhar. O prefeito Hildon Chaves tenta através de PPP (Parceria público Privada) encontrar caminhos para tocar os projetos. Nesta semana já se reuniu com técnicos da CAERD para o alinhamento de ações que podem resultar numa solução exequível.
Essas obras são imprescindíveis para a Capital. A cidade tem o lençol freático comprometido com tantas fossas sépticas e poços tipos cacimbão por todos os lados. Virou um queijo suíço com tantas perfurações.

Foi o jeito que a população achou para ser abastecida de água e dar um destino para os dejetos. Quem optou por poços artesianos (que busca água nas profundezas) não está imune da contaminação porque até chegar no fundo, a perfuração encontra nas camadas várias veias d´água e escorem poço abaixo.
Sem as redes de água e de esgotos, os portovelhenses passaram a conviver com doenças e verminoses.

Os reflexos são os postos de saúde, UPAs e outras unidades sempre lotadas. E haja esquinas para tantas farmácias. Indícios de que algo não vai bem na saúde coletiva da comunidade. Situação essa que precisa sim de solução urgente por questão de saúde publica e bem estar da sociedade como um todo. Que dessa vez dê certo e os projetos possam caminhar e serem concluídos.


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