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Editorial

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Publicado: 21/02/2019 às 09h26min

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A Previdência e as novas regras

A proposta de reforma da Previdência deu indícios de que ainda renderá muito pano para as mangas. Pela manhã o presidente Jair..

A proposta de reforma da Previdência deu indícios de que ainda renderá muito pano para as mangas. Pela manhã o presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para protocolar o projeto que espera tramitação rápida para promover mudanças que garantam a recuperação de um sistema considerado quebrado.

Recuperar a Previdência significa minimizar o rombo acumulado e garantir para as futuras gerações o direito de ter aposentadoria. Para o mercado econômico, a reforma será um sinal de ajustes importantes do governo para recompor a credibilidade do país frente a novos e grandes investimentos.

Tudo indica que o tema renderá muitas discussões e receberá ajustes no Congresso Nacional. No Rio Janeiro houve reação popular com repentino fechamento de estrada. Os articulistas e especialistas em economia ensaiaram os primeiros comentários sobre a matéria. O governo lançou no mesmo dia uma frente técnica com integrantes do Ministério da Economia para decifrar, ao vivo, ponto por ponto da proposta para evitar repercussão que possa desgastar a proposta.

Uma proposta que ganhou frente nos debates foi a proposta de mexer nas alíquotas de contribuição dos trabalhadores. O novo modelo prevê cobrança maior para quem ganha mais. As alíquotas nominais podem chegar a 22% para servidores e 14% no caso de INSS.

A idade mínima para obter a aposentadoria também despertou debates. A proposta prevê 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, ao final de um período de transição de 12 anos. Prevendo reações, o governo teria mudado de última hora para 61 anos para homens e 56 para mulheres, subindo gradualmente até 65 e 62 anos respectivamente.

Votar a reforma da Previdência e evitar mudanças em pontos considerados importantes na proposta é desafio para testar a articulação política. A jornada mostrará como está o prestigio do presidente e se as bancadas estão fiéis como se parece. O governo terá pela frente uma dura batalha para aprovar a reforma e para que a reforma seja aprovada pela população. Bolsonaro precisa de acertos rápidos e impactantes diante de desgastes vividos desde os primeiros dias do governo. Seus filhos protagonizaram alguns atropelos e deslizes que o deixaram mais na condição de pai do que de presidente. Alguns de seus ministros causaram burburinhos com falas nada republicanas. Por fim, um de seus escudeiros, Gustavo Bebianno, perdeu uma queda de braço com outro dos filhos do presidente.


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