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Editorial

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Publicado: 25/02/2020 às 08h01min

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Baixo investimento em carnaval é reflexo da crise dos municípios

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios mostrou o que todos já sabiam, que a quebradeira é enorme.

Quase a metade dos municípios brasileiros não tiveram recursos para investir no carnaval, a maior festa popular brasileira, que acontece de Norte a Sul. A pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios mostrou o que todos já sabiam, que a quebradeira é enorme. Apenas aquelas cidades em que o turismo de carnaval é representativo para a economia, arriscaram fazer investimentos públicos, uma vez que o dinheiro volta através de tributos e impostos girados durante a festa.

Um dos baques recentes foi a elevação do salário mínimo. Por mais que o percentual seja considerado pouco para o olhar individual, no que se refere à quantidade acumula numa grande folha de pagamento, o impacto é representativo. Além de aumentar em escalas os salários como um todo, vem agregado o aumento dos tributos incidentes da folha de pagamento. Com as receitas estagnadas e alguns até em declínio, os prefeitos estão fazendo milagres para dar conta da responsabilidade de honrar mensalmente os salários dos servidores.

Outra observação feita é que o impacto na recessão econômica nos últimos anos afetou os investimentos e retraiu a entrada de novos capitais econômicos. As empresas se limitaram na manutenção do negócio evitando ousar em novos investimentos. Com os sinais de melhora no crescimento econômico, fechando no azul em 2019, ainda não foi o suficiente para gerar reação imediata nas contas públicas e privadas.

Em Rondônia a recessão atingiu principalmente as empresas de pequeno porte. Muitas se reinventaram para poder sobreviver no aguardo de tempos melhores. Alternativas como fechar para o almoço, reduzir trabalhadores e redução de consumo de energia elétrica foram alguns dos meios aplicados para evitar que as portas fossem fechadas.

A expectativa é que 2020 o crescimento econômico seja mais representativo e isso deve animar não apenas os que dependem do carnaval, mas todos os segmentos econômicos do país.


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