Brasil ainda precisa definir um planejamento a longo prazo

O governo avança em suas propostas de mudanças e a novidade é o pacote que promete aumentar a geração de emprego. Para a classe patronal vem ajustes que facilitarão a contratação de pessoas; e aos desempregados ou que estejam em subempregos, vem novas oportunidade de ocupação. Ainda não há informações suficientes para conclusões mais apuradas,mas tudo indica que o momento do Brasil requer decisões enérgicas. Para quem tem emprego fixo a queixa é da perda de direitos, muitos conquistados por décadas. Para aumentar a geração de empregos no país os pacotes e as mudanças são importantes, observando alguns pontos. Para um momento e para redimensionar faz-se necessário criar e agir. Isso não pode ser compromisso unilateral, mas precisa de engajamento coletivo para que os interesses tornem-se coletivos, que é o algo de equilibrar a economia.

Apesar da importância do que deve ou precisa ser feito, existe algo elementar que o Brasil ainda não tem: foco para o futuro. Onde estamos hoje e aonde precisamos chegar. Apesar da grande vontade e motivação de crescer, ainda nos falta um planejamento preciso de desenvolvimento visando um destino maior. Foi o que aconteceu com o Japão, Coréia do Sul, China e outros emergentes que traçaram um roteiro de décadas em que foi possível consolidar um projeto econômico duradouro e consistente.

A exemplo disso, o vizinho Paraguai deixou as picuinhas de correntes ideológicas e partiu para um modelo que vem ajudando o país a levantar, saindo da insignificância para um caminhar com objetivos. No silêncio, sem estardalhaço, vem prospectando mecanismos políticos e legais para o crescimento industrial no país, a ponto de atrair empresas estrangeiras, inclusive do Brasil. Sem planejamento não há desenvolvimento. Sem desenvolvimento não há crescimento. Para isso se faz necessário planejar o país. Que rumo tomaremos e em que mercado dominaremos. É o que ainda falta para o Brasil.