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Publicado: 05/02/2020 às 11h11min | Atualizado 05/02/2020 às 11h12min
O antigo calote que os clientes davam nos comerciantes, agora mudou de modalidade e complicou a vida do brasileiro. Acostumados com o “jeitinho” e rasgar os juros e pagar depois de muito tempo pelo preço do dia da compra, agora, o povo está numa tremenda bola de neve com os bancos e com os nomes sujos. O uso de cartão de crédito trouxe facilidades, mas o consumidor brasileiro não foi educado para a utilização da moeda de plástico. O cartão é o maior vilão do endividamento e isso vem prejudicando seriamente a economia nacional.
Sem crédito e sem dinheiro, o consumidor está comprando menos. Isso afeta o comércio varejista, as indústrias, os fornecedores de matéria-prima, e principalmente, emperra a geração de empregos que é fundamental na máquina econômica do país.
A cada nova pesquisa divulgada sobre o crédito e o endividamento, mostra que o brasileiro ainda não conseguiu se livrar das sufocantes dívidas e continua escravisado pelos juros exorbitantes cobrados pelos bancos. Como diz um ditado popular, “o sujo falando do mal lavado”. Ou seja, o consumidor acostumado a levar vantagem em comprar e empurar a dívida para a frente, e depois pagar pelo preço líquido do passado, agora vive na mão dos banqueiros que literalmente estão levando vantagem com uma política de juros exorbitante de mais de 300% ao ano, em cima de um velho hábito não corrigido da população.
Como se trata de fator cultural, caberia ao governo uma intervenção no sentido de obrigar as operadoras bancárias a divulgarem alertas de riscos, como foi feito com a indústria de cigarro que é obrigada a divulgar que o produto é veneno e mata. Assim salvaria o povo do endividamento compulsivo e daria vida ao comércio e indústria.
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