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Publicado: 05/06/2020 às 06h00min
O que o Sindicato dos Médicos de Rondônia tornou público já era percebido pela imprensa durante as coletivas realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde, desde o início da pandemia. O tratamento grosseiro e egocêntrico aos profissionais de imprensa, pelo visto, é o mesmo o qual os profissionais de saúde vêm passando nas unidades despreparadas. A condução da pandemia em Rondônia sempre foi questionada, mas as respostas vazias e as omissões de informações sempre deixaram dúvidas quanto aos resultados.
O primeiro questionamento não respondido foi quanto aos números divulgados que não batem com as quantidades de testes rápidos doados pelo Ministério da Saúde e dos outros tantos adquiridos pela Sesau. A ausência nas estatísticas dos pacientes tratados em casa, sem a realização de testes ou exames, medicados apenas pelos sintomas, também não houve resposta. Os óbitos no período por complicações respiratórias e muitas outras respostas ainda não foram dadas.
As reformas e ampliações de três alas do Hospital de Base Ary Pinheiro, que ficariam prontas rapidamente, considerando que foram paralisadas a mais de um ano em fase final de obras, também não foram respondidas. Agora vem à tona, através do Simero, que a gestão estadual da saúde é mínima, egocêntrica e centralizadora. Talvez essa seja a razão pela qual o que é do interesse público não é respondido.
Rondônia tem recebido expressivos valores do governo federal, de recursos repassadas pela Assembleia Legislativa, além de outras fontes, sem contar que o Decreto de emergência e calamidade dão flexibilidade para uso do orçamento estadual e para compras e contratações sem a burocracia normal do sistema. Mas isso não dá o direito de utilizar os recursos sem dar os resultados esperados e muito menos quer dizer que não haverá controle externo.
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