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Editorial

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Publicado: 23/07/2020 às 05h43min

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Dados do saneamento mostra a urgência para resolver o déficit

Apesar das críticas e insatisfações com o texto final do novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, as novas regras devem beneficiar..

Apesar das críticas e insatisfações com o texto final do novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, as novas regras devem beneficiar os municípios de Rondônia. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem (22) dados com a confirmação de que apenas seis municípios no estado têm serviços de água tratada e encanada e redes de esgotamento sanitário. Outros dados da mesma pesquisa mostram que nesses seis municípios, a quantidade de habitantes beneficiados deixa muito a desejar. Ou seja, quase não têm, e o que têm é pouco.

Se a União não dispõe de recursos para ampliar esses serviços essenciais para o meio ambiente e para a saúde pública, faça ideia os estados e municípios que já andam sufocados de compromissos a serem honrados com a baixa receita que possuem. O novo Marco do Saneamento prevê que o déficit poderá ser resolvido com as PPP (Parcerias Público-Privada) que devem abrir para investidores do setor. A privação desses serviços terá um custo final para o consumidor, apesar de ainda não ter uma representação desse valor. A recompensa será melhor qualidade de saúde acabando com o consumo de água contaminada.

Grande parte das pessoas que procuram as unidades de saúde pública, apresentam doenças provenientes dessas contaminações. Se os governadores e prefeitos fizerem boas PPPs, o ganho com a redução do custo de saúde deverá compensar para todos. O cidadão que não tem dinheiro para pagar a consulta, também não tem o dinheiro para a compra de medicamentos. Ou se tem, afeta a renda familiar. A recompensa do custo-benefício vai depender da boa gestão no momento de fazer as privatizações.

Mesmo tendo um custo para o cidadão, pagar a taxas de água e esgoto provavelmente saia mais barato do que o gasto atual das famílias com a saúde, ou com a falta de saúde. O bem-estar da população proporciona melhores rendimentos diversos e no final das contas, o país terá população mais saudável, mesmo que ainda leve uns dez anos ou mais para resolver. 


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