Porto Velho/RO, 27 Março 2024 08:00:23

Editorial

coluna

Publicado: 11/07/2019 às 11h00min | Atualizado 11/07/2019 às 11h01min

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Estradas ruins e dinheiro no buraco

É lamentável o destino dado a grande parte dos recursos disponibilizados para manutenção e recuperação de trechos da BR-364. A..

É lamentável o destino dado a grande parte dos recursos disponibilizados para manutenção e recuperação de trechos da BR-364. A situação da rodovia é crítica com alto fluxo de carretas e veículos transitando em pistas únicas. Isso aumenta os riscos de acidentes, atrasa as viagens e causa aflição em quem conduz veículos no percurso.

É muito dinheiro indo para o ralo da corrupção sendo que o destino seria tapar os buracos que provocam acidentes, melhorar as condições de tráfego, tornar as viagens mais seguras e tranquilas. O volume total do contrato de R$ 186 milhões daria para fazer bons serviços se fosse aplicado corretamente nos seus objetivos de manutenção e recuperação da principal rodovia federal da região Norte.

Quantas vidas foram ceifadas por causa dos desvios de recursos? Quantos veículos danificados por pancadas em buracos que deveriam estar tapados? Quantos compromissos perdidos por causa dos congestionamentos e comboios gerados pelas condições ruins da estrada? Muitas perdas e danos que ninguém requereu ainda da União.

A ação realizada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União é louvável pela eficiência de investigar e bloquear esse esquema. Mas isso corresponde a uma pequena porção de um volume gigantesco de recursos públicos que são jogados nas mãos de gestores sem escrúpulos e sem piedade. Sem denúncias e sem indícios não tem como apurar, investigar e acabar com esse tipo abuso como o interesse da coletividade. Imagine quanto o Pais perde anualmente de dinheiro e as perdas que o povo brasileiro tem por conta de malversação do dinheiro público.

O governo brasileiro já tem anunciado que não tem dinheiro suficiente para investir em infraestrutura, e o que tem, acaba saindo pelo atalho da corrupção. Por conta disso, o País caminha para as privatizações em busca de parceiros da iniciativa privada que possam suprir essa necessidade de investimentos em melhorias das rodagens. A queixa geral é que as rodovias privatizadas cobram pedágios, mas seria bom surgir estudos que possam dimensionar o custo beneficio. Quem sabe as taxas de pedágios para ter estradas boas, podem se compensar muito mais do que pagar caro para não ter estradas. É algo a ser considerado.


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