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Publicado: 26/05/2020 às 08h14min | Atualizado 26/05/2020 às 10h36min
A pandemia do novo coronavirus vem mudando consideravelmente a vida humana na terra. São muitas as transformações provocadas pelo vírus na vida social. Das formas de trabalho aos laços de relacionamentos, tudo vem sendo afetado. Outro fator muito alterado é a convivência de marido e mulher, pais e filhos. Acostumados com a rotina acelerada dos tempos modernos, as pessoas estão reaprendendo a conviver em família.
Os dados de violência doméstica, principalmente, contra mulheres, vêm chamando a atenção pelo crescimento. Assim como os casos de Covid-19 disparam por todo o país, os casos de agressões físicas ou emocionais contra mulheres também crescem. Que fenômeno é esse que vem acontecendo em todo o Brasil? As instituições de defesa da mulher já estudam em busca de respostas.
O aumento de 35% de registros de ocorrências em abril, se comparando ao mesmo mês do ano anterior, acende a luz de alerta de autoridades e instituições. É claro o número é ainda maior, uma vez que, grande parte das vítimas não ousam denunciar. Isso por medo ou por dependência, preferem a convivência arriscada e dolorosa que afeta toda a família.
Em Rondônia esse fenômeno também é crescente. A instalação de um sistema para o registro online de ocorrências de violência doméstica poderá quebrar o silencio de muitas vítimas. Porém, é necessário que o estado venha criar estruturas de defesa, proteção e readequação dessas vítimas para uma nova vida. Projetos como a Casa da Mulher Brasileira que nunca saiu do papel, seria uma das alternativas. Outros projetos e programas precisam ser criados com urgência para dar encaminhamentos para mulheres e filhos que sofrem a dor de convivência monstruosamente perigosa dentro de casa.
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