Porto Velho/RO, 20 Março 2024 09:16:44

Editorial

coluna

Publicado: 24/02/2019 às 06h00min | Atualizado 24/02/2019 às 07h34min

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Fronteiras do perigo

Duas fronteiras brasileiras estão vigiadas noite e dia. Em Rondônia o temor é que o PCC (Primeiro Comando da Capital), a mais temida..

Duas fronteiras brasileiras estão vigiadas noite e dia. Em Rondônia o temor é que o PCC (Primeiro Comando da Capital), a mais temida facção criminosa do país, possa investir numa ação de resgate de seus chefes presos no presídio federal de Porto Velho. Em Roraima o temor é que as tropas de Nícolas Maduro, o ditador vermelho venezuelano, possam atacar o lado brasileiro em virtude da crise humanitária e política naquele país. Esses temores fazem sentido e por isso essa semana chegou reforço nesses pontos vigilância constante.

Desde que houve a transferência dos chefes do PCC para Rondônia, o estado se tornou possível alvo da facção criminosa, que por enquanto se mantém em silêncio. Como diz no jargão prisional, o silencio de cadeia deve ser visto como tempo para agir. Sabendo disso, todo cuidado vem sendo tomado. A segurança externa do presídio vem sendo mantida pelo Exército que faz a cobertura num raio de 10 quilômetros da unidade. Toda fronteira com a Bolívia
recebeu reforço policial, sendo em Rondônia e Acre.

Dentro do presídio que não tem histórico de fuga, a segurança foi reforçada com a chegada da Força Nacional que atua junto com os agentes penitenciários federais. A vinda dessa tropa de elite do Ministério da Justiça e Segurança Pública representa que em todo estado existe uma vigilância ou pelo menos um monitoramento constante. Ainda mais que uma denúncia anônima que chegou à Policia Civil do estado, dava conta que a facção PCC estaria recrutando e treinando milicianos para ataques a órgãos de segurança publica e do judiciário. A polícia negou a existência dessa denúncia o que é um procedimento normal para evitar pavor na população.

Na fronteira do o Brasil com a Venezuela também existe monitoramento e segurança reforçada. O ditador venezuelano Nícolas Maduro fechou o lado do seu país para evitar a entrada de ajuda humanitária. O clima esquentou e surgiram as primeiras mortes, mesmo que do outro lado da fronteira. Disposto a resistir no poder, Maduro tem apoio da China e Rússia o que o deixa ainda mais arrogante e pretensioso. O Estado-Maior das Forças Armadas do Brasil teve informação que foi instalada uma bateria antiaérea em Santa Helena de Uairén, distante 10 quilômetros de Pacaraima (RR), a fronteira brasileira. Isso caracteriza um ato de agressão ou ameaça o que requer maior concentração de força para um enfrentamento bélico caso venha ocorrer.

Os venezuelanos estariam com uma estação antiaérea russa, modelo S-300VM, capaz de rastrear alvos a 250 quilômetros de distância. Considerando a distancia de Boa Vista a Pacaraima, isso significa que qualquer ação militar via aérea está impossibilitada pelo Brasil. Até aviões civis estão sendo desviados do espaço aéreo da Venezuela por precaução.

Apesar da tradição de paz na América Latina, o crime organizado e a política comunista despertaram o continente para tempos sombrios.


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