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Editorial

coluna

Publicado: 31/03/2020 às 08h56min

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Inércias agravam a situação do coronavirus em Rondônia

Foi preciso a médica assumir o risco e atestar a morte de uma senhora por Covid-19 para que o registro fosse realizado. O resultado do..

Foi preciso a médica assumir o risco e atestar a morte de uma senhora por Covid-19 para que o registro fosse realizado. O resultado do exame só foi anunciado ontem, no final da tarde, pela Secretaria de Estado de Saúde. Será que está havendo omissão ou o estado não está suficientemente preparado para o problema? Em plena epidemia, o controle do isolamento social foi quebrado, muitas pessoas indo e vindo como se nada estivesse ocorrendo, e para completar, faltou material para fazer exames num período importante para os tratamentos e controle da proliferação.

O caso é sério e vem sendo conduzido politicamente em todo país. Observem que, nos países onde as autoridades subestimaram o vírus, o efeito vem sendo devastador. No domingo, o presidente norteamericano Donald Trump, voltou atrás e pediu da população cautela, cuidado e isolamento. Os danos naquele país, na Itália, na Espanha, e outros, poderiam ser menores se fossem conduzidos tecnicamente. No Brasil, o tom político para a pandemia também vai resultar em mortes em números incalculáveis.

Ontem também circulou um artigo do professor Doutor Artur Moret, da Universidade Federal de Rondônia que, usando de estatísticas regional e nacional, simulou a projeção de crescimento dos contágios do coronavirus em Rondônia. Os resultados indicam possibilidade de colapso uma vez que as unidades hospitalares do estado não possuem equipamentos suficientes para a proporção de possíveis doentes.

Não bastante, ainda ontem, foi percebido em Porto velho um número grande de comércios que deveriam estar fechados, com suas portas abertas e atendendo clientes. Mesmo com a população priorizando abastecimento: alimentos, fármacos e outros de primeiríssima necessidade, muitos lojistas arriscam em busca uns trocados que podem não compensar o custo mais adiante. Neste momento, diante do quadro, o recomendável continua sendo: fique em casa.


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