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Editorial

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Publicado: 26/06/2019 às 16h18min

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Nossas estradas não entraram na privatização

O governo Federal não incluiu nossas BRs no próximo pacote de privatizações já anunciado pelo Ministério dos Transportes. O lado bom..

O governo Federal não incluiu nossas BRs no próximo pacote de privatizações já anunciado pelo Ministério dos Transportes. O lado bom é que o rondoniense continuará transitando nas rodovias federais sem pagar pedágio. Mas tem o lado ruim que é a retirada da pauta de investimentos nas melhorias dessas rodovias. Isso muito nos prejudica.

Transitar nas rodovias de Rondônia é risco constante do inicio ao fim da viagem. Pistas estreitas, má conservação da malha asfáltica, falta de acostamentos, sinalização nem sempre perfeita, enfim, são muitos os problemas que poderiam ser resolvidos com os investimentos de infraestrutura. Os danos nos veículos, o nível de estresse dos condutores, e os acidentes fatais são reflexos das condições ruins dessas rodovias. O dinheiro disponível pelo governo Federal será priorizado para as rodovias que serão leiloadas. Para privatizar precisam estar muito bem estruturadas.

As rodovias BRs existentes em Rondônia não apresentaram fluxos suficientes para atrair investidores nos lotes de privatizações. Nem mesmo a BR-364, corredor da soja, foi considerada com trânsito suficiente para atrair as empresas interessadas em administrar e cuidar das rodovias. A movimentação é grande, porém num trecho de menos de 700 quilômetros entre Porto Velho à Vilhena. Os estudos mostraram que os valores dos pedágios com a quantidade de veículos circulando no trecho não pagariam a conta. Concluíram que os veículos grandes transitam o trecho todo, mas os veículos leves circulam mais entre cidades, o que facilitaria o jeitinho brasileiro para driblar os pontos de pedágios.

Quem sabe com as privatizações dos lotes atraentes, possa no futuro sobrar dinheiro para investir nas nossas rodovias. Mas isso levaria tempo, pois até concluir as infraestruturas naquelas estradas de outros estados e entregarem para as empresas concessionárias, será um tempo considerável de espera para os rondonienses.

Aqui em Rondônia são seis rodovias pertencentes à União. A BR-364 (Cuiabá-Porto Velho) é mais importante e com maior fluxo rodante. Tem a BR-319 (Porto Velho-Manaus) que está caótica e deve ser refeita a pavimentação no ano que vem. A BR-421 (Buritis-Guajará Mirim) tem trechos asfaltados, mas as condições são bem indesejáveis. Outra é a BR-425 que liga Abunã à Guajará Mirim que passou por restauração recente e vem oferecendo boas condições de trafegabilidade. A BR-429 (Presidente Médici-Costa Marques) tem um traçado bom porque o asfalto é novo na maioria do percurso. E a BR-425 (Vilhena-Corumbiara) que virou um corredor de soja. Essa tem boa estrutura, mas o fluxo pesado requer cuidados constantes.


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