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Editorial

coluna

Publicado: 13/06/2020 às 06h15min

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O governo aparenta viver em Lockdown enquanto a crise aumenta

O governo estadual vem demonstrando que está como uma nau à deriva. Não consegue se aprumar e nem passa a confiança que a sociedade..

O governo estadual vem demonstrando que está como uma nau à deriva. Não consegue se aprumar e nem passa a confiança que a sociedade precisa. Sem oposição firmada, a gestão estadual consegue tropeçar em si mesma, e as decisões tardias e não planejadas acarretam angustias e insegurança. Consegue desfazer o que faz, antes mesmo de consumar.

No decreto de lockdown, tratou de dar outro nome, e ainda por cima, o governador em pessoa postou recomendação aos policias para prevaricar. Isso mesmo! Após o comandante de Policiamento Metropolitano dizer que a PM cumpriria o decreto e não haveria tolerância, o líder maior foi às redes sociais dizer que a sua PM não cumpriria com o rigor da lei.

Quatro dias após decretar o lockdown e faltando outros quatro dias para acabar, foi publicada a regulamentação do decreto, com a tipificação das multas. Ou seja, tudo o que foi feito nos primeiros quatro dias pelas equipes fiscalizadoras, foi perdido. Então, rasga-se as multas e comece tudo novamente.

Outro fato que chamou a atenção da coletividade é que a PF, a CGU e o MPF fizeram uma operação com diligências em busca de provas de possíveis desmandos na ordem de R$ 21 milhões. Por prudência, qualquer governo sensato, o mínimo que faria seria afastar os gestores suspeitos. Ao contrário disso, o chefe maior postou em redes sociais, foto posada e texto alto-defensivo, mesmo sabendo que a operação está apenas começando.

Ainda tem os testes rápidos que geram muitas reclamações de não serem eficazes. No caso, o prefeito de Ouro Preto do Oeste questionou publicamente a eficácia dos testes e a suspensão do uso. O estado continua usando os seus. E mais: a Secretaria de Saúde tinha equipamentos guardados e nem sabia; demorou para estabelecer protocolo clinico unificado para a Covid-19; comprou hospital que vem gerando grandes questionamentos pelos valores e pelas especificações prediais; o Sindicato dos Médicos classificou a gestão de saúde como “mínima, centralizadora e egocêntrica”, e segue a lista de tropeços.


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