O mundo do crime cresce em intensidade e em modalidade

A nova malandragem do crime não afeta apenas as empresas do ramo de locação de veículos, mas atinge toda a população de Rondônia e Acre. Primeiro porque os valores dos seguros automotivos já eram salgados para a região, e segundo, porque as locadoras estarão com mais critérios e isso deve dificultar os aluguéis de veículos. Ou seja, cada vez que a bandidagem cria um novo jeito de levar vantagem, toda a sociedade acaba pagando o pato.

O alerta da Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis) faz sentido porque aumentou essa modalidade criminosa, mas por aqui, em Rondônia e Acre isso não é novidade. As quadrilhas sempre agiram de forma discreta nesse tipo de transação, mas nos últimos tempos tem crescido e já preocupa o segmento.

Recentemente o ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou que estaria reforçando as fronteiras com a Bolívia e Paraguai, para onde seguem a maioria dos carros roubados no Brasil. Essas fronteiras também são portas de entrada descarada de drogas e armas. De fato é necessário investir por aqui contra o crime organizado, mas até o momento não se concretizou o projeto de maiores investimentos em segurança.

Rondônia e Acre estão sendo dominadas por facções criminosas de alto poder de fogo. A violência nesses Estados tem crescido em número, intensidade e modalidades. Do controle de unidades prisionais, ao domínio de conjuntos habitacionais; de furtos e roubos de veículos à rapinagem de aeronaves; tudo ocorre por aqui, e a população aumentando a força dos grupos criminosos. Até mesmo nos condomínios de luxo, os grupos criminosos já estão inseridos, fazendo gingantescas moradas e vivendo lado a lado com o cidadão de bem.